O FAZER PEDAGÓGICO-2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

O assassino era o escriba Meu professor de análise sintática era o tipo do sujeito inexistente.Um pleonasmo, o principal predicado de sua vida, regular como um paradigma da 1ª conjunção. Entre uma oração subordinada e um adjunto adverbial, ele não tinha dúvidas: sempre achava um jeito assindético de nos torturar com um aposto.Casou com uma regência. Foi infeliz. Era possessivo como um pronome.E ela era bitransitiva. Tentou ir para os EUA. Não deu.Acharam um artigo indefinido na sua bagagem. A interjeição do bigode declinava partículas expletivas, conectivos e agentes da passiva o tempo todo. Um dia, matei-o com um objeto direto na cabeça.
(Poema extraído do livro Caprichos e relaxos de Paulo Leminsky.São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 144).

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