O FAZER PEDAGÓGICO-2009

terça-feira, 29 de junho de 2010

Que a educação seja o processo através do qual o indivíduo
toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma.
Como? Acreditando no educando,
na sua capacidade de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar,
enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha.
Mas isso não será possível se continuarmos bitolando os alfabetizandos
com desenhos pré-formulados para colorir, com textos criados por outros
para copiarem, com caminhos pontilhados para seguir, com histórias que alienam,
com métodos que não levam em conta a lógica de quem aprende.
PARA REFLETIR♥
Acredite em si mesmo....
Viva os momentos como se fossem únicos,
Saboreie os segundos como se fosse perdê-los,
Desfrute o sol que brilha inigualável...
Busque seus sonhos......
Você pode estar aonde não idealizou,
Tudo é mutante e mutável,
Corra atrás da estrela cadente,
Alcance a lua no infinito céu...
Abrace,
Beije,
Apaixone,
Ame.
Queira ir além do possível,
Tanja o universo maior, ultrapasse,
Apalpe as nuvens no esplendor do céu.
Derrame sorrisos no espaço laço...
Desperte desta noite insone e nebulosa,
Açambarque os atalhos e encruzilhadas,
Transforme em estrada reta, curvas sinuosas,
Faça brilhar a luz no final do túnel...
Acredita,
Siga,
Sorria,
Viva.
Fale,
Grite,
Busque...
Conquiste.
Queira o total indivisível,
Seja comunhão universal,
Veja a arte praticada,
Persiga,.
E lembre-se.....
A felicidade é construída..
E, acima de tudo, confie e acredite sempre em DEUS!
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS


Sugestões de exercícios para ajudar as crianças a perceberem
as relações entre letras e sons:

1)Ajude as crianças a reconhecerem diferenças de uma única letra que criam diferenças de som e de sentido:

lobo-bobo medo-dedo tiro-tipo coco-coca
faca-vaca menino-menina pato-pata
mel-fel pata-lata mata-mapa

2)Mostrar palavras que se escrevem e se lêem do mesmo modo mas têm sentidos diferentes, dependendo da frase em que se encontram: manga, casa, pé, etc.

3)Apresente as palavras próximas umas embaixo das outras e destaque as partes iguais:

chapeuzinho netinho mata bobo chá
charuto cestinho mala cabo fechado
chata ninho cama lobo fechadura
uma bucha

4)Ensine as crianças a recitar ou a cantar versinhos ou quadrinhas, falando mais alto as palavras que rimam, podem bater palmas quando elas aparecerem.



5)Organizar listas, cartazes ou livrinhos de palavras com a mesma letra ou sílaba inicial.


6)Aproveite situações do dia-a-dia da criança e sugira à ela que crie seus próprios textos músicas, histórias, notícias etc, que sejam de seu interesse.


7)Proponha que descubram uma palavra "escondida" ou contida dentro da outra.

Exemplos:

Qual é a palavra que está "escondida" em todas as palavras abaixo?

barba - acabar - barbado
Resposta: BAR


E nestas outras?

mar - martelo - marmelo - amar - remar - somar - Marcelo

Resposta: MAR


As crianças estarão lendo quando forem capazes de perceber como as letras funcionam para representar os sons da língua e ao mesmo tempo possam entender o que estão lendo.


Lembro que o processo de Alfabetização, deve caminhar de maneira natural, significativo e gradativamente na direção do conhecimento de palavras, sílabas, letras e regras ortográficas.


A leitura inicial deverá ser interessante e prazerosa, para que não ocorra o risco de as crianças acharem que a leitura não serve para nada.

Toda criança deve entender que a leitura e a escrita têm uma função social
Uma recente alteração no Ensino Fundamental vem trazendo certo debate, e merece nossa atenção: a aprovação da lei 11.274, em fevereiro de 2006, que muda a duração do ensino fundamental de oito para nove anos, transformando o último ano da educação infantil no primeiro ano do ensino fundamental.
Desse modo, o aluno deve ser matriculado na primeira série (agora chamada de “primeiro ano”) com seis, e não com 7 anos de idade (como é no sistema atual). Outra lei, 11.114, de 2005, que alterava a LDB (Lei nº 9.394, de 96), já aceitava a matrícula de alunos com seis anos de idade no ensino fundamental.
As escolas tem até o ano de 2010 para se adequar à lei. Em algumas capitais brasileiras (e o Distrito Federal), o ensino fundamental de nove anos já é oferecido.
O importante de se discutir e refletir sobre esse assunto é se, realmente, essas mudanças irão melhorar o ensino nas escolas e irão preparar melhor o aluno, ou se essas novas mudanças apenas servirão para se trocar o nome do último estágio do ensino infantil pelo nome de primeira série do ensino fundamental.
Analisando páginas de algumas escolas particulares sobre o assunto, vemos que é, para elas, apenas uma questão de nomenclatura:
9 anos 8 séries
1º ano Jardim III
2º ano 1ª série
3º ano 2ª série
4º ano 3ª série
5º ano 4ª série
6º ano 5ª série
7º ano 6ª série
8º ano 7ª série
9º ano 8ª série
Por outro lado, a decisão permite (forçosamente) que alunos que não teriam acesso à pré-escola, alunos mais carentes, possam ter um ensino um pouco maior. Mas é claro que, como a medida vem sem demais ajustes no ensino fundamental, ela, sozinha, não consegue diminuir de forma concreta o abismo entre a qualidade dos ensinos público e privado
Photo Sharing and File Hosting at Badongo.com
Vamos fazer uma auto-avaliação com a turminha?
Que tal usar como apoio este simpático semáforo para fazer a galerinha pensar no que tem feito?




OPA!!! Já está na hora de parar para pensar: Estou fazendo certas coisas que estão deixando meus amigos e a minha tia tristes.Preciso melhorar...
Eu cometi um pequeno deslize, mas não vou mais fazer este tipo de coisa, preciso ter atenção!


Que bom!! Posso seguir desse jeitinho, meu comportamento é tudo de bom, e deixa todos felizes!


O Semáforo Elegante é um jeito divertido de trabalhar "certos tipos" de atitudes com a turminha, e nada melhor do que cada um reconhecer em que cor se enquadra o seu jeitinho de ser.
Não sabe como funciona, não mexa.
É de graça, não desperdice.
Não lhe diz respeito, não se intrometa.
Não sabe fazer melhor, não critique.
Não veio ajudar, não atrapalhe.
Prometeu, cumpra.
Ofendeu, desculpe-se.
Não lhe perguntei, não dê palpite.
Falou, assuma.
Seguindo estes preceitos, viverá melhor!
Material Pedagógico
O que não pode faltar na sala de aula?

1- Calendário (cartaz com a escrita dos numerais de forma visivel)
Objetivos:
Desenvolver a noção de tempo(ano-mês-semana-dia-manhã-tarde-noite-passado-presente-futuro)
Reconhecimento de numerais.
Representação de numerais em sequência.
Noção de antecessor e sucessor.
Percepção de numerais como símbolos que representam quantidade (número) e acontecimentos (noção do tempo).
Resolução de situações problema.

2- Cartaz de Frequência

Objetivos:
Acompanhar, junto à turma, a frequência dos alunos.
Proporcionar a cada aluno a avaliação da sua própria frequência.
Encaminhar casos de alunos que apresentam infrequentes.
Levar o aluno a perceber o nome como uma palavra composta por letras e sílabas.
Ressaltar a importância de cada aluno no grupo.

3- Ficha de numerais (material para cada aluno).

Objetivos:
Reconhecimento de numerais formados por um ou mais algarismos.
Desenvolver a noção de antecessor e sucessor, maior e menor ordem crescente e decrescente, acima e abaixo de, entre, próximo e distante de.
Desenvolver a noção de numeral (símbolo) e número (quantidade).

4- Cartaz "Quantos Somos"

Objetivo:
Desenvolver a noção de adição e subtração envolvendo a idéia de: a mais e menos que, mais e menos que, soma de parcelas, subtração de partes.

5- Cartaz de Sequência numérica

Objetivos:
Reconhecimento de numerais ( Percepção dos numerais que representam dezenas exatas, dos antecessors às dezenas exatas).
Visualização para assimilação da sequência numérica.
Relacionar numerais (símbolo) à número (quantidade).
Desenvolver a noção de antecessor e sucessor, maior e menor, acima e abaixode, entre, depois e antes de, mais próximo e mais distante de.

6- Alfabeto móvel

Objetivo:
Proporcionar atividades para que o aluno avance em relação ao nível da escrita.

7- Alfabeto de parede

Objetivo:
Reconhecimento das letras do alfabeto no que se refere ao nome-desenho-som.

8- Ficha do nome completo

Objetivos:
esenvolver atividades referentes ao nome próprio.
Ressaltar a importância do nome na formação da identidade.
Desenvolver no aluno a escrita correta do seu nome.

9- Material para leitura (revistas e livros)

Objetivos:
Desenvolver atividades que envolvem recortes.
Material de apoio ao professor frente à correção individual de atividade.
Desenvolver projetos de leitura.

10- Material para contagem

Objetivos:
Resolução de problemas matemáticos.
Representação de quantidades.
Desenvolver a noção de adição e subtração.
Relacionar número e numeral.

11- Cartaz dos aniversariantes do mês

Objetivos:
Relacionar numerais ao acontecimentos significativos (noção de tempo).
Considerar aspectos importantes para a formação da identidade (data do meu nascimento). Interação social- Relacionamento afetivo - Entrosamento entre os colegas.
Desenvolver a noção de tempo (ano-mês-semana-dia-manhã-tarde-noite-passado-presente-futuro).
Reconhecimento de numerais.
Construção do conceito de números (quantidade).
Representação de numerais como: símbolo social, quantidade.
Resolução de situação problema envolvendo a ideia de adição e subtração.
Ressaltar aspectos importantes na formação da identidade.

12- Caderno para fixação de teste dos alunos ( material para cada aluno)

Objetivos:
Registro das atividades dos alunos para apresentação em dia de reunião de pais. Acompanhamento do desenvolvimento dos alunos. Obs: os cadernos devem ser encapados e guardados no armário da professora.

13- Três cadernos para o professor ( Reunião pedagógica, registro do desenvolvimento dos alunos e plano de aula)

Objetivos:
Acompanhamento dos assuntos discutidos em reunião pedagógica e administrativa.
Organização dos planejamentos diários.
Registro do desenvolvimento dos alunos.

14- Caixas encapadas para guardar o material de uso coletivo

Objetivos:
Apresentar aos alunos parâmetros para a organização.
Proporcionar condições para desenvolver nos alunos a responsabilidade frente ao uso de materiais que pertencem ao coletivo.

E outros... Atendendo a necessidade de cada turma!
http://proportoseguro.blogspot.com
Organiza-se

Você abriu, feche.
Ascendeu, apague.
Ligou, desligue.
Desarrumou, arrume.
Sujou, limpe.
Está usando algo, trate-o com carinho.
Quebrou, conserte.
Não sabe consertar, chame quem o faça.
Para usar o que não é seu, peça licença.
Pediu emprestado, devolva.
Montando portfólios reflexivos


* Por que eu quero montar um portfólio?

1. Uso pessoal;
2. Uso profissional;
3. Para pesquisar minha prática.


Dicas para montar um bom PORTFÓLIO:


* Seja organizado;
* Crie sua marca = identidade artística (autonomia);
* Seja criativo;
* Registre e reflita sobre suas ações(olhando no seu portfólio pergunte-se sobre sua prática e métodos)


Montagem


1ª página: identidade artística;
2ª página: trajetória pessoal;
3ª página; dados da escola;
4ª página em diante: identifique as classes, séries nas quais você leciona, especifique se o portfólio será de uma ou mais turmas.


Incluindo itens no Portifólio


* Registros escritos do professor e alunos;
* Fotografias das atividades e projetos (momentos mais significativos);
* Desenhos;
* Depoimentos dos colegas;
* Depoimentos dos gestores.


Registro


" O registro da reflexão sobre a prática constitui-se como instrumento indispensável à construção desse sujeito criador, desejante e autor do seu próprio sonho”. (MADALENA FREIRE)

"... registro é história, memória individual e coletiva eternizadas na palavra grafada." (ibidem)
QUEM É RESPONSÁVEL PELA QUALIDADE?
Em Grupo

QUEM É RESPONSÁVEL PELA QUALIDADE?



Está é uma história sobre quatro pessoas chamadas: TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM.
a QUALIDADE era um serviço importante a ser feito, e TODO MUNDO estava certo de que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia ter feito.
ALGUÉM ficou zangado sobre isso, por que era serviço de TODO MUNDO.
TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM podia fazê-lo, mas NINGUÉM percebeu que TODO MUNDO não o faria.
No fim, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.
DECÁLOGO PEDAGÓGICO



Como todo ofício, a docência requer cuidados e habilidades específicas. Logo, para que a aula transcorra com sucesso e tranqüilidade, indicamos um decálogo pedagógico, com 10 instruções básicas. Siga essas instruções e colha os frutos de seu trabalho!



1- Contextualize suas aulas.
Traga as lições para o contexto de seus alunos, faça com que cada tema seja abordado de modo significativo, real e prático.

2- Pesquise o tema de sua lição em outros meios.
Faça uso de jornais, revistas diversas, artigos, livros de pesquisa, Internet, etc. Isso dará subsídios para que suas aulas não sejam cansativas ou superficiais.

3- Trabalhe as potencialidades de seus alunos.
Procure explorar o que cada aluno tem de melhor e utilizar isso para o progresso do trabalho educativo. Todos os alunos têm algo de interessante e especial a oferecer.

4- Dinamize suas aulas.
Aulas monótonas e rotineiras só atrapalham a aprendizagem. Ative suas aulas com procedimentos diferentes. Mude o lugar da aula, cante novas canções, estabeleça dinâmicas de grupo e tudo mais que trouxer renovação e mobilização para a turma.

5- Envolva seus alunos.
Não há como o aluno aprender se ele não estiver envolvido com o que será estudado. Mostre para sua classe que os temas abordados têm real importância e valia. Valorize cada tópico e relacione-os com os interesses de sua classe (que é claro, podem ser diferentes dos seus).

6- Estabeleça Laços afetivos com sua classe.
É impossível ter um trabalho bem-sucedido se você e seus alunos não tiverem bons laços afetivos. Sentimentos como solidariedade, compreensão e carinho devem ser plantados e cultivados, caso contrário, todo o esforço de seu trabalho será desperdiçado.

7- Trabalhe com a dinâmica de projetos educativos.
Trabalhar com projetos sugere que você proporcione aos alunos a oportunidade de aplicarem na vida prática o que foi aprendido em sala de aula. Permita que a turma eleja um dos assuntos enfocados e, a partir dele, desenvolvam projetos e linhas de ação. Isso fixará o aprendizado e proporcionará grandes chances de novos e consistentes saberes.

8- Tenha autoridade técnica, moral e profissional.
Ter autoridade técnica significa saber dar aulas, utilizar as técnicas corretas e os procedimentos que facilitem a aplicação da aula. Ter autoridade moral significa lidar bem com os alunos, ter um bom relacionamento. Ter autoridade profissional significa dominar os conteúdos que serão aplicados.

9- Opte por uma liderança democrática.
Você, como o líder da classe, tem por obrigação conduzi-la de modo democrático, sem autocracia ou dogmatismos. Esta postura trará resultados positivos e benéficos.

10- Não se ache o detentor do saber.
Um dos grandes erros do professor é crer que sabe de tudo, e que só ele tem razão. O professor também aprende com os alunos e é justamente essa troca que propicia o aprendizado.
"O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equilibradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem."
Rubem Alves
Gestão democrática
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo. Os homens se educam entre si, mediados pelo mundo”. Paulo Freire
Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolares e locais em conselhos escolares. Devemos enfatizar então que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da sociedade.

Na Gestão democrática deve haver compreensão da administração escolar como atividade meio e reunião de esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana; que o Plano Político pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do Conselho Escolar.
A gestão democrática da educação está vinculada aos mecanismos legais e institucionais e à coordenação de atitudes que propõem a participação social: no planejamento e elaboração de políticas educacionais; na tomada de decisões; na escolha do uso de recursos e prioridades de aquisição; na execução das resoluções colegiadas; nos períodos de avaliação da escola e da política educacional. Com a aplicação da política da universalização do ensino deve-se estabelecer como prioridade educacional a democratização do ingresso e a permanência do aluno na escola, assim como a garantia da qualidade social da educação.

As atitudes, os conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e competências na formação do gestor da educação são tão importantes quanto a prática de ensino em sala de aula. No entanto, de nada valem estes atributos se o gestor não se preocupar com o processo de ensino/aprendizagem na sua escola. Os gestores devem também possuir habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas às causas geradoras de conflitos nas equipes de trabalho, ter habilidades e competências para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor administração do tempo, promovendo ganhos de qualidade e melhorando a produtividade profissional. O Gestor deve estar ciente que a qualidade da escola é global, devido à interação dos indivíduos e grupos que influenciam o seu funcionamento. O gestor, que pratica a gestão com liderança deve buscar combinar os vários estilos como, por exemplo: estilo participativo que é uma liderança relacional que se caracteriza por uma dinâmica de relações recíprocas; estilo perceptivo/flexível que é uma liderança situacional que se caracteriza por responder a situações específicas;estilo participativo/negociador que é uma liderança consensual que se caracteriza por estar voltada a objetivos comuns, negociados; e estilo inovador: que é uma liderança prospectiva que se caracteriza por estar direcionada à oportunidade, isto é, à visão de futuro. O gestor deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agrega à sua gestão colaboradores empreendedores, que procuram o bem comum de uma coletividade.
ESTRATÉGIA
Um senhor vivia sozinho em Minnesota. Ele queria virar a terra de seu jardim para plantar flores, mas era um trabalho muito pesado. Seu único filho, que o ajudava nesta tarefa, estava na prisão. O homem então escreveu a seguinte carta ao filho:
"Querido Filho, estou triste, pois não vou poder plantar meu jardim este ano. Detesto não poder fazê-lo, porque sua mãe sempre adorou flores e esta é a época certa para o plantio.
Mas eu estou velho demais para cavar a terra. Se você estivesse aqui, eu não teria esse problema, mas sei que você não pode me ajudar, pois estás na prisão.
Com amor, Seu Pai."
Pouco depois, o pai recebeu o seguinte telegrama:
"PELO AMOR DE DEUS, Pai, não escave o jardim! Foi lá que eu escondi os corpos!"
Como as correspondências eram monitoradas na prisão, às quatro da manhã do dia seguinte, uma dúzia de agentes do FBI e policiais apareceram e cavaram o jardim inteiro, sem encontrar qualquer corpo.
Confuso, o velho escreveu uma carta para o filho contando o que acontecera.
Esta foi a resposta:
"Pode plantar seu jardim agora, amado Pai. Isso foi o máximo que eu pude fazer no momento."
Estratégia é tudo!!!
Nada como uma boa estratégia para conseguir coisas que parecem impossíveis.
Assim, é importante repensar sobre as pequenas coisas que muitas vezes nós mesmos colocamos como obstáculos em nossas vidas.

"Ter problemas na vida é inevitável,
mas, ser derrotado por eles é opcional!"
A vidraça


Um casal, recém-casado, mudou-se para um bairro muito tranqüilo.
Na primeira manhã que passavam na casa, enquanto tomavam café, a mulher reparou através da janela em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:
- Que lençóis sujos ela está pendurando no varal!
- Está precisando de um sabão novo.
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
O marido observou calado.
Alguns dias depois, novamente, durante o café da manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e a mulher comentou com o marido:
- Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos!
Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!
E assim, a cada dois ou três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha pendurava suas roupas no varal.
Passado um mês a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos, e empolgada foi dizer ao marido:
- Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, Será que a outra vizinha ensinou??? Porque eu não fiz nada.
O marido calmamente respondeu:
- Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei os vidros da nossa janela!
E assim é.
Tudo depende da janela, através da qual observamos os fatos.
Antes de criticar, verifique se você fez alguma coisa para contribuir;
verifique seus próprios defeitos e limitações.
Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.
Só assim poderemos ter real noção do real valor de nossos amigos.

Lave sua vidraça.
Abra sua janela.
LEILA VILMA DA SILVA BAMBINO
PEDAGOGA E PSICOPEDAGOGA INSTITUCIONAL/ INSTITUTO CATARINENSE DE PÓS GRADUAÇÃO – ICPG BLUMENAU - SANTA CATARINA.

RESUMO
ESTE ARTIGO FOI ESCRITO VISANDO FAZER UMA REFLEXÃO SOBRE O TIPO DE LETRA A SER UTILIZADO PELOS ALUNOS NAS SÉRIES INICIAIS. TAMBÉM VISA REFLETIR SOBRE A MANEIRA DE TRABALHAR O ERRO E A ORTOGRAFIA, BEM COMO SOBRE AS MELHORES MANEIRAS DE LIDAR COM AS DIFERENTES FORMAS DE ESCREVER UTILIZADAS PELOS ALUNOS, TENDO SEMPRE EM VISTA FACILITAR O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM E APONTAR CAMINHOS PARA OS SABERES, UTILIZANDO A CURIOSIDADE NATURAL DOS ALUNOS EM BENEFÍCIO DO SEU SABER.

PALAVRAS-CHAVE: TIPOS DE LETRA, ALFABETO, ORTOGRAFIA, ERRO.

1. INTRODUÇÃO
PARA QUEM CONVIVE EM ESCOLAS E LIDA COM AS SÉRIES INICIAIS, DOIS ASSUNTOS SÃO BASTANTE DISCUTIDOS E MOTIVO DE POLÊMICA ENTRE EDUCADORES E PAIS: O ESTILO DE LETRA A SER UTILIZADO PELAS CRIANÇAS E OS ERROS GRÁFICOS, SOBRETUDO EM PRODUÇÕES DE TEXTO.

QUANTO AO ESTILO DA LETRA, OS SISTEMAS DE ESCRITA MAIS ANTIGOS PROCURAVAM VARIAR O MENOS POSSÍVEL A FORMA GRÁFICA DAS LETRAS. AS ESCRITAS MONUMENTAIS, FEITAS EM PEDRA, POR EXEMPLO, EXIGIAM UM TIPO DE LETRA FÁCIL DE SER ENTALHADO. ESTE MODO DE ESCREVER AS LETRAS, SEPARADAMENTE, PASSOU A SER CONHECIDO COMO TEXTURA NA FABRICAÇÃO DE LIVROS A MÃO.

JÁ EM 1830, A ESCRITA ERA FEITA COM ESTILETES E PENAS DE AÇO QUE FACILITAVAM A ESCRITA MAIS ARREDONDADA E COM AS LETRAS EMENDADAS.

OUTRO FATOR DE MUDANÇA NO ESTILO DAS LETRAS É O SEU USO. EM PROPAGANDAS, COMO A FINALIDADE É CHAMAR A ATENÇÃO, AS LETRAS NECESSITAM SER DIFERENTES. JÁ EM LIVROS E REVISTAS, O ESTILO PODE SER OUTRO.

NOS DIAS ATUAIS, TEMOS A LIBERDADE DE CRIAR E ENFEITAR, O QUE FAZ SURGIR AS MAIS DIFERENTES FORMAS NO TRAÇADO DAS LETRAS.
EM RELAÇÃO AO ESTILO DA LETRA A SER UTILIZADA NAS SÉRIES INICIAIS, A COMUNIDADE, DE CERTO MODO, COBRA VELADAMENTE UMA POSTURA DO PROFESSOR NO SENTIDO DE UTILIZAR A LETRA DO TIPO IMPRENSA NO INÍCIO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E, DEPOIS, FAZER USO DA LETRA CURSIVA QUE POSSUI UM TRAÇADO DE LETRAS LIGADAS TORNANDO MAIS RÁPIDO O REGISTRO.

ALÉM DE COBRAR O ESTILO DA LETRA, A COMUNIDADE TAMBÉM SE PREOCUPA EM FAZER COBRANÇA NO QUE SE REFERE AOS ERROS GRÁFICOS COMETIDOS PELOS ALUNOS. NESSE SENTIDO, PROFESSOR QUE NÃO FAZ A CORREÇÃO DOS ERROS GRÁFICOS DAS PRODUÇÕES DE SEUS ALUNOS TAMBÉM É VISTO COM DESCONFIANÇA.

EM RELAÇÃO AO ESTILO DE LETRA, CAGLIARI (1999, P. 104) AFIRMA QUE
[...] É ESSENCIAL QUE OS ALUNOS APRENDAM (E PRATIQUEM) PRIMEIRO A ESCRITA E PONHAM-SE A ESCREVER COMO ELES ACHAM QUE DEVE SER. SOMENTE DEPOIS, JÁ MAIS FAMILIARIZADOS COM O ATO DE ESCREVER, SERÃO LEVADOS A RECONSIDERAR O QUE FIZERAM, EM FUNÇÃO DAS NORMAS ORTOGRÁFICAS.

DADO O CONTEXTO ACIMA, O PRESENTE ARTIGO TEM COMO OBJETIVO REFLETIR A MANEIRA DE TRABALHAR A ORTOGRAFIA E OS ERROS NA ESCOLA, BEM COMO CONSIDERAR OS VÁRIOS ESTILOS DE LETRAS EXISTENTES EM NOSSO SISTEMA.

2. A EVOLUÇÃO DA ESCRITA
UM GRANDE MARCO NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE FOI A INVENÇÃO DA ESCRITA QUE SURGIU E SE DESENVOLVEU DA NECESSIDADE DE O HOMEM ARMAZENAR INFORMAÇÕES - REFORÇANDO A MEMÓRIA - E DE SE COMUNICAR A UMA DISTÂNCIA ALÉM DO ALCANCE DA VOZ.

SEGUNDO CAGLIARI (1999, P.15), “A ESCRITA PELO QUE SE SABE HOJE, COMEÇOU DE MANEIRA AUTÔNOMA E INDEPENDENTE, NA SUMÉRIA, POR VOLTA DE 3300 A.C. É MUITO PROVÁVEL QUE NO EGITO, POR VOLTA DE 3000 A.C., E NA CHINA, POR VOLTA DE 1500 A.C., ESTE PROCESSO AUTÔNOMO TENHA SE REPETIDO”.

PARA CHEGAR AO ALFABETO ATUAL, A ESCRITA PASSOU POR MUITAS ALTERAÇÕES. UTILIZADA PELO HOMEM PRIMITIVO PARA REGISTRAR FATOS OCORRIDOS, A ESCRITA PICTOGRÁFICA (DESENHOS) AINDA HOJE É ENCONTRADA EM ESCAVAÇÕES ARQUEOLÓGICAS, DEMONSTRANDO SER ANTIGA A IDÉIA DE ESCREVER.

EM SEGUIDA, VEIO A ESCRITA IDEOGRÁFICA, HOJE UTILIZADA PRINCIPALMENTE PELOS POVOS OCIDENTAIS, COM DESTAQUE PELOS CHINESES, QUE UTILIZAM SÍMBOLOS PARA EXPRESSAREM SUAS IDÉIAS. SÃO PALAVRAS OU CONJUNTOS DE PALAVRAS QUE SÃO REPRESENTADOS POR DESENHOS CHAMADOS IDEOGRAMAS.

NO CASO DA ESCRITA CHINESA, HÁ CERTA RAZÃO PARA SER CONSERVADO O SISTEMA IDEOGRÁFICO: NA CHINA, HÁ MAIS DE MIL DIALETOS, QUE SÃO VARIAÇÕES DE UMA MESMA LÍNGUA, SENDO QUE NÃO DIFEREM NA ESTRUTURA BÁSICA, APENAS UM POUCO NAS PALAVRAS. ISSO SIGNIFICA QUE UM TEXTO, EM CHINÊS, É ESCRITO DE MANEIRA IGUAL EM TODOS OS DIALETOS, MESMO COM A PRONÚNCIA SENDO DIFERENTE.

O FONETISMO, POR SUA VEZ, É UM SISTEMA NO QUAL AS PALAVRAS PASSAM A SER DECOMPOSTAS EM UNIDADES SONORAS, APROXIMANDO A ESCRITA DA SUA FUNÇÃO QUE É A DE INTERPRETAR A LÍNGUA FALADA. UTILIZA A LEITURA DE FIGURAS QUE TERÃO SENTIDO DE PALAVRAS POR MEIO DO SOM, RECURSO USADO NAS CARTAS ENIGMÁTICAS.

A ESCRITA CONTINUOU EVOLUINDO, PASSANDO A SER SILÁBICA. NESSE SISTEMA, A PALAVRA É DECOMPOSTA EM UM CONJUNTO DE SONS.

CHEGAMOS AO ALFABETO - CUJO TERMO TEM ORIGEM NAS DUAS PRIMEIRAS LETRAS DO ALFABETO GREGO, ALFA E BETA – QUE, DE FENÍCIO PASSOU A GREGO, AO ROMANO E, FINALMENTE, AO LATINO, O MAIS UTILIZADO EM TODO MUNDO.

O SISTEMA ALFABÉTICO É CARACTERIZADO PELO FONETISMO, SISTEMA EM QUE CADA SÍMBOLO (LETRA) CORRESPONDE A UM SOM.

ESSE CONJUNTO DE LETRAS QUE CHAMAMOS DE ALFABETO TORNA-SE O INÍCIO DA NOSSA ESTRADA RUMO AO UNIVERSO ESCRITO.

3. O ESTILO DAS LETRAS
ASSIM COMO O ALFABETO, A ESCRITA TAMBÉM FOI SE ADAPTANDO. ESCREVER SOBRE PAPIRO E, MAIS TARDE, SOBRE PERGAMINHOS EXIGIA UM TRAÇADO DE LETRAS MAIS ARREDONDADO, OU SEJA, MATERIAIS DIFERENTES DE ESCRITA EXIGIAM ABORDAGENS DIFERENTES. ASSIM, DE ACORDO COM CAGLIARI (1999), OS SUMÉRIOS SUBSTITUÍRAM O RISCO NA ARGILA POR UM PROCESSO DE PRESSÃO QUE PERMITIA QUE DESENHASSEM AFUNDANDO MARCAS NOS TABLETES.

MUITAS DAS FORMAS ESCRITAS PRIMITIVAS, COMO A CUNEIFORME E A FENÍCIA, PERMITIAM AOS MERCADORES REGISTRAR SUAS TRANSAÇÕES, POIS A MEMÓRIA NÃO DARIA CONTA DE TANTO.

AS PRIMEIRAS LETRAS USADAS PELOS ESCRIBAS FORAM AS ROMANAS (200 A.C.), A QUADRATA (100 A.C.) E A RÚSTICA, JÁ NO INICIO DA ERA CRISTÃ.

JÁ NO SÉCULO IV D.C., SURGIU A UNCIAL, SENDO QUE “O NOME DE UNCIAL FOI ATRIBUÍDO A ESTE TIPO DE LETRA PORQUE OS PARÁGRAFOS MANUSCRITOS COMEÇAVAM SEMPRE COM UMA LETRA GRANDE, DO TAMANHO DE UMA UNHA” ( CAGLIARI, 1999, P, 193).

JÁ NO SÉCULO XIII, SURGIRAM AS LETRAS GÓTICAS E ROMANAS. COM A CRESCENTE DEMANDA DA ESCRITA, O ESTILO CURSIVO FEZ-SE NECESSÁRIO (SÉCULO XVII), POIS APRESENTAVA UM TRAÇADO DE LETRAS LIGADAS, FACILITANDO UMA ESCRITA RÁPIDA.

CAGLIARI (1999, P.187) EXPLICA QUE “UM SIMPLES OLHAR NO MUNDO DA ESCRITA COM A QUAL TEMOS CONTACTO HOJE NOS MOSTRA TANTA VARIAÇÃO NA FORMA GRÁFICA QUE, POR UM MOMENTO, SURGE A DÚVIDA: COMO CONSEGUIMOS LER EM MEIO A ESTE APARENTE IMENSO CAOS?”

A ESCRITA SEGUE REGRAS CLARAS E RIGOROSAS QUE DEVEM SER TRANSMITIDAS ÀS CRIANÇAS DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO. ASSIM SENDO, A APARENTE CONFUSÃO NÃO CAUSARÁ MEDO, POIS ESTAMOS DIANTE DE UM FATO: UMA COMPLEXIDADE GRÁFICA.

4. O MUNDO DAS LETRAS
EXISTEM, NA NOSSA LÍNGUA, VÁRIAS MANEIRAS DE REGISTRAR GRAFICAMENTE A MESMA LETRA. O SOM TAMBÉM VAI DEPENDER DA PALAVRA NA QUAL ESTA LETRA ESTIVER COLOCADA. ESTE CARÁTER GRÁFICO E SOCIAL É ESTABELECIDO PELA ORTOGRAFIA.

EXISTEM PALAVRAS EM PORTUGUÊS QUE A LETRA A REPRESENTA SOM DE /Ã/, COMO EM LAMA, DAMA, CAMA, SOM DE /AI/, COMO EM RAPAZ, PAZ, ATRÁS. ASSIM SENDO, É DIFÍCIL DETERMINAR O VALOR DE CADA LETRA DENTRO DO SISTEMA ALFABÉTICO. MUITAS VEZES, A LETRA MUDA SEU SOM, SEM, CONTUDO, MUDAR SUA FORMA: CONTINUA SENDO A LETRA A.

ESTAS VARIAÇÕES DE SONS SÃO TRABALHADAS AO LONGO DE TODO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO,
CABENDO AO PROFESSOR APRESENTAR ÀS CRIANÇAS AS LETRAS DO ALFABETO, BEM COMO SUAS VARIAÇÕES, COMO NOS EXEMPLOS ACIMA.

CONFORME CAGLIARI (1999, P.49), [...] PRIMEIRAMENTE, APENAS O ALFABETO DE LETRAS DE FORMA MAIÚSCULAS. [...] ESTE PROCEDIMENTO NÃO É APENAS UMA MODA: É UMA FORMA MAIS FÁCIL, CONCORDAM TODOS DE SE CHEGAR AO APRENDIZADO DA LEITURA. EMBORA MUITOS PROFESSORES POSSAM CONSTATAR ESSA MAIOR ‘FACILIDADE’ NA PRÁTICA DO SEU DIA-A-DIA, TALVEZ NEM TODOS SAIBAM REALMENTE AS RAZÕES POR TRÁS DESSE FENÔMENO.

PARA DOMINAR O MUNDO DAS LETRAS, A CRIANÇA PASSA PELO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO, CABENDO AO PROFESSOR OPTAR POR MECANISMOS QUE OTIMIZEM O PROCESSO.

5. LETRA DE IMPRENSA OU CURSIVA?
MAS, E AGORA? O ALFABETO FOI APRENDIDO, OS VALORES SONOROS DE CADA LETRA TAMBÉM. AS PALAVRAS VIRARAM HISTÓRIAS E EIS QUE VEM A PERGUNTA: “POSSO ESCREVER COM LETRA PEGADA?”.

A CRIANÇA SENTE NECESSIDADE DE UMA AUTO-AFIRMAÇÃO, E A LETRA DO TIPO IMPRENSA PARECE NÃO MAIS ATENDER AO SEU DESEJO, POIS ELA A VÊ COMO LETRA DE CRIANÇA PEQUENA. COMO AGIR?

É COM AS LETRAS TIPO IMPRENSA QUE AS CRIANÇAS TÊM UM MAIOR CONTATO DESDE CEDO, EM JORNAIS E REVISTAS, O QUE RESULTA EM UMA ELABORAÇÃO DE HIPÓTESE SOBRE A ESCRITA MUITO PRECOCEMENTE. O TRAÇADO É SIMPLES, DANDO À CRIANÇA LIBERDADE AO ATO DE ESCREVER, FAVORECENDO A PERCEPÇÃO DAS UNIDADES E DIMINUINDO O ESFORÇO MOTOR.

A LETRA CURSIVA É MAIS RÁPIDA DE SER TRAÇADA, PORÉM EXIGE DA CRIANÇA UMA COORDENAÇÃO MOTORA MAIS DEFINIDA.

DE ACORDO COM CAGLIARI (1999 P.41),
A ESCRITA CURSIVA TINHA DOIS PROBLEMAS: POR SER FEITO COM RAPIDEZ, O TRAÇADO DAS LETRAS TENDIA A SE MODIFICAR NA ESCRITA DE CADA UM – POR OUTRO LADO, A ESCRITA CURSIVA PRODUZ LIGADURAS. DEPOIS DE UNIDAS AS LETRAS, O ASPECTO GRÁFICO PODE MASCARAR OS LIMITES INDIVIDUAIS DAS LETRAS, GERANDO CONFUSÕES ENTRE OS USUÁRIOS.

É MAIS IMPORTANTE QUE A CRIANÇA COMPREENDA E ENTENDA A FUNÇÃO E AS CARACTERÍSTICAS DA ESCRITA DO QUE SE PREOCUPE COM O TIPO DE LETRA A SER UTILIZADO. “EM PRIMEIRO LUGAR, É PRECISO ENSINAR A ESCREVER E, SOMENTE DEPOIS, DEVE-SE PREOCUPAR COM OS REQUINTES DA ESCRITA” (CAGLIARI E CAGLIARI, 1999, P.79).

ENTRETANTO, NÃO É O QUE GERALMENTE OCORRE. ALGUNS PROFESSORES, AINDA NOS DIAS ATUAIS, INSISTEM EM UTILIZAR SOMENTE A LETRA CURSIVA DEPOIS DE UM DETERMINADO PERÍODO, DEIXANDO ALGUNS ALUNOS BASTANTE CONFUSOS.

DE ACORDO COM TAFNER E FISCHER (2001, P.19),
O MUNDO ESTÁ ESCRITO EM LETRAS DE FORMA. O MESMO MUNDO ONDE A CRIANÇA VIVE CRESCE E APRENDE. NÃO ESPERE DELA UM DESENVOLVIMENTO PLENO EM CURSIVAS QUANDO TUDO O QUE ELA LÊ EM TORNO DELA É ESCRITO COM LETRAS DE FORMA. AS LETRAS DE FORMA SÃO NATURAIS PARA ELA, POIS FAZEM PARTE DO SEU MUNDO.

A ESCRITA CURSIVA TEM UM USO EXCLUSIVAMENTE PESSOAL E, COM O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO, A ESCRITA A MÃO QUASE DEIXOU DE SER FEITA. AS LETRAS CURSIVAS VIRARAM ARTE NAS MÃOS DE PESSOAS QUE TÊM O DOM DE ESCREVÊ-LAS EM CONVITES, CARTAZES, MURAIS ETC.

NO DIA-A-DIA, A ESCRITA CURSIVA ACABOU PERDENDO UM POUCO SUA IMPORTÂNCIA. PORÉM, NA ESCOLA, ELA CONTINUA SENDO MOTIVO DE DISCUSSÃO ENTRE ALGUNS EDUCADORES. EXISTEM PROFESSORES QUE ACHAM QUE SE OS ALUNOS ESCREVEREM COM A LETRA DO TIPO BASTÃO NÃO APRENDERÃO A ESCREVER COM A LETRA CURSIVA, COMO SE O ALVO A SER ATINGIDO NA ALFABETIZAÇÃO FOSSE O DE ESCREVER “REDONDINHO” E IGUAL A TODOS OS OUTROS ALUNOS.

NA VISÃO DE CAGLIARI (1999, P.109),
O BONITO DA VERDADEIRA EDUCAÇÃO É SER UM CALEIDOSCÓPIO: A DIFERENÇA A TODO INSTANTE É SEU CHARME E BELEZA; CADA MOMENTO REVELA ALGO DE NOVO E SURPREENDENTE. A EDUCAÇÃO DEVE FORMAR PESSOAS DIFERENTES, NÃO CLONES, RÉPLICAS INTELECTUAIS.

AO LIDAR COM CRIANÇAS, É PRECISO TER EM MENTE QUE ELAS SÃO SERES INDIVIDUAIS E ÚNICOS, BEM COMO QUE “NA EDUCAÇÃO SE PROPÕE, E NÃO SE IMPÕE” (CAGLIARI, 1999. P.111).

O IMPORTANTE É COMPREENDER O QUE ESTÁ ESCRITO. SE FOR ESTABELECIDA UMA COMUNICAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO, A FINALIDADE DA ESCRITA ESTARÁ CUMPRIDA.


6. ORTOGRAFIA: UMA EXIGÊNCIA SOCIAL
COMO FALAR SOBRE LETRAS, PALAVRAS, FRASES, TEXTOS E NÃO MENCIONARMOS A ORTOGRAFIA, UM VEÍCULO UTILIZADO PARA CLAREAR A COMUNICAÇÃO, MAS QUE ACABA VIRANDO MECANISMO DE EXCLUSÃO?

A ESCRITA É UMA REPRESENTAÇÃO ORAL DA LINGUAGEM CUJO OBJETIVO É A LEITURA. QUANDO ESCREVEMOS UM TEXTO, UTILIZAMOS COMO RECURSO AS PALAVRAS QUE SERÃO INTERPRETADAS PELO LEITOR. FAZEMOS USO, TAMBÉM, DA ESCRITA IDEOGRÁFICA (NÚMEROS, GRÁFICOS ETC.).

A FALA COMANDA O ATO DE ESCREVER. JÁ “A ESCRITA, NA VERDADE, NÃO PASSA DE UM USO SOFISTICADO DA PRÓPRIA LINGUAGEM ORAL, CRISTALIZADA NA FORMA GRÁFICA” (CAGLIARI, 1999.P.65).

A PARTIR DO MOMENTO EM QUE A SOCIEDADE PRODUZIU A ESCRITA E À MEDIDA QUE PASSOU A UTILIZÁ-LA MAIS, SURGIU A NECESSIDADE DE FIXAR A FORMA DE ESCREVER AS PALAVRAS. ISSO PARA QUE PESSOAS DE DIFERENTES DIALETOS PUDESSEM LER DE MANEIRA FÁCIL, POIS, DO CONTRÁRIO, O SIGNIFICADO DAS PALAVRAS FICARIA COMPROMETIDO.

A ORTOGRAFIA TORNOU-SE UMA EXIGÊNCIA SOCIAL A PARTIR DO MOMENTO QUE FIXOU A GRAFIA DAS PALAVRAS, FAZENDO COM QUE ESCRITOR E LEITOR INTERPRETASSEM DA MESMA FORMA SEU SIGNIFICADO DENTRO DE UM CONTEXTO ESCRITO.

MUITAS VEZES, UM TEXTO CRIATIVO COM FALHAS DESPERTA MENOS INTERESSE DO QUE OUTRO GRAFICAMENTE IMPECÁVEL, MAS SEM VIDA.

SEGUNDO FISCHER (1997, P.12),
NO INÍCIO DA ALFABETIZAÇÃO, OS ERROS GRÁFICOS SÃO COMETIDOS AO LONGO DO PROCESSO DA ESCRITA E, LONGE DE REPRESENTAREM DESATENÇÃO, LETRAS ‘COMIDAS’, DESINTERESSE DA CRIANÇA, REPRESENTAM UMA FORMA COGNITIVAMENTE ESTRUTURADA DE PENSAR O FUNCIONAMENTO DA ESCRITA.

QUANDO O PROFESSOR MOSTRA PARA A CRIANÇA O ALFABETO, PRECISA, ALÉM DO NOME DA LETRA, MOSTRAR SEU RESPECTIVO SOM. SERÁ BASTANTE NATURAL QUE A CRIANÇA, AO ESCREVER MESA, TROQUE O /S/ PELO /Z/, POIS É INFLUENCIADA PELO SOM, QUE É DE /Z/. MAIS TARDE, CABERÁ AO PROFESSOR EXPLICAR QUE EXISTE UMA ORTOGRAFIA VIGENTE EM NOSSO PAÍS SEGUNDO A QUAL A LETRA /S/ ENTRE DUAS VOGAIS TEM SOM DE /Z/, EMBORA, EM OUTROS CASOS, ESTA MESMA REGRA NÃO SEJA VÁLIDA.

NO INÍCIO, ESTES “ERROS” SERÃO BASTANTE FREQÜENTES E SOMENTE COM BASTANTE LEITURA E A MEDIAÇÃO DO PROFESSOR SERÃO SUPERADOS.
QUANDO O EDUCADOR APRESENTA A ESCRITA PARA AS CRIANÇAS, É NATURAL QUE AS MESMAS ESCREVAM DO JEITO QUE FALAM. EM SUAS PRODUÇÕES, APARECEM: ABAKT (ABACATE), REZOLVA (RESOLVA), MUINTO (MUITO), PTC (PETECA) E ASSIM POR DIANTE. TODOS ESTES PASSOS SÃO ABSOLUTAMENTE NORMAIS DURANTE O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO.

DAS PALAVRAS COMEÇAM A SURGIR FRASES; DEPOIS, OS PEQUENOS TEXTOS, SENDO FUNDAMENTAL QUE ESSES TEXTOS SEJAM TRABALHADOS PELO PROFESSOR DE FORMA ESPONTÂNEA. QUANDO FALAM, AS CRIANÇAS NÃO PRECISAM SEGUIR ROTEIROS NEM ESQUEMAS: ELAS SIMPLESMENTE FALAM.

CABE AO PROFESSOR PERMITIR QUE ELAS DÊEM ASAS A SUA IMAGINAÇÃO DE ACORDO COM AS IDÉIAS QUE POSSUEM. PARA CAGLIARI (1999, P. 215), A MARCA DA INDIVIDUALIDADE FAZ DE UM SIMPLES TEXTO UM TRABALHO ORIGINAL, E SE SEU ESTILO AGRADAR À COMUNIDADE, TORNA-SE UM TEXTO LITERÁRIO.

POR MEIO DAS PRODUÇÕES ESPONTÂNEAS, PROFESSOR E ALUNO SE ENVOLVEM NO PROCESSO DE ESCRITA, REFLETINDO SOBRE ERROS E BUSCANDO CAMINHOS PARA CONTORNÁ-LOS.

É FUNDAMENTAL QUE O PROFESSOR TENHA OBJETIVOS CLAROS AO UTILIZAR TAL INSTRUMENTO, POIS, DO CONTRÁRIO, PODE SE ATER APENAS AOS ERROS E NÃO À PRODUÇÃO EM SI.

PARA O EDUCADOR, ERRAR É UM HORROR; O ERRO ACARRETA A VERGONHA, A PUNIÇÃO E FINALMENTE A EXCLUSÃO. QUANDO ERA PRECISO FAZER JUSTAMENTE O CONTRÁRIO: APROVEITAR CADA ERRO PARA REFLETIR COM O ALUNO E AJUDÁ-LO A ENCONTRAR A DIREÇÃO LÓGICA. (FISCHER, 1997, P.12).

A CRIANÇA PRECISA RELER SUA PRODUÇÃO COM O PROFESSOR E CORRIGI-LA SEMPRE QUE NECESSÁRIO. EM SEGUIDA, ESCREVÊ-LA NOVAMENTE, SEMPRE OBJETIVANDO A COMPARAÇÃO ENTRE A ESCRITA ANTERIOR E A ATUAL, PERCEBENDO COM ISTO OS AVANÇOS.

ERRAR FAZ PARTE DA APRENDIZAGEM. É POR MEIO DO ERRO QUE CONSTRUÍMOS NOVOS SABERES, SEMPRE COM A PERSPECTIVA DE MELHORAR.

APESAR DE AS PESSOAS UTILIZAREM A MESMA LÍNGUA, FALAM DE MANEIRA DIFERENTE CONFORME SUA LOCALIZAÇÃO REGIONAL. NOSSO SISTEMA ORTOGRÁFICO ATENDE A UMA EXIGÊNCIA SOCIAL E NÃO SE PREOCUPA COM A MANEIRA DO USUÁRIO FALAR E SIM, COM AS CONVENÇÕES DA ESCRITA.

A CRIANÇA, QUANDO CHEGA À ESCOLA, TEM UM FALAR PRÓPRIO, TRAZIDO DA FAMÍLIA, QUE SERÁ TRANSFORMADO EM ESCRITA. O ERRO APARECERÁ, CABENDO AO PROFESSOR A TAREFA DE NÃO SUPERVALORIZAR O ERRO, E SIM TRANSFORMÁ-LO EM ACERTO POR INTERMÉDIO DE ESTÍMULOS À LEITURA E DE PESQUISAS A DICIONÁRIOS.

O ERRO SEMPRE TEM UMA EXPLICAÇÃO. TUDO QUE O ALUNO FAZ OU, ATÉ MESMO, DEIXA DE FAZER TEM UMA RAZÃO PARA ELE. AO PROFESSOR CABE A TAREFA DE PERGUNTAR PARA, ASSIM, PODER ENSINAR ADEQUADAMENTE.

CAGLIARI (1999, P.82) COMENTA QUE:
A ESCOLA PRECISA APRENDER QUE A ORTOGRAFIA É UM FIM E NÃO UM COMEÇO, QUANDO SE ENSINA ALGUÉM A ESCREVER. PRIMEIRO, A CRIANÇA PRECISA APRENDER A LIDAR COM A ESCRITA E, DEPOIS, PREOCUPAR-SE EM ESCREVER ORTOGRAFICAMENTE. ISTO NÃO SIGNIFICA QUE VAMOS DEIXAR AS CRIANÇAS ESCREVEREM SEMPRE O QUE QUISEREM E COMO QUISEREM, PORQUE VALE TUDO. A ESCOLA, COMO INSTITUIÇÃO, NÃO PODE ADMITIR UMA PEDAGOGIA DO VALE-TUDO. A ESCOLA TEM UMA MISSÃO A CUMPRIR. E FAZ PARTE DELA O ENSINAR A ESCREVER E ESCREVER ORTOGRAFICAMENTE. UMA COISA NÃO PRECISA DESTRUIR A OUTRA. TUDO TEM O SEU TEMPO E O SEU LUGAR.

UMA CRIANÇA EM FASE DE ALFABETIZAÇÃO ESTÁ APRENDENDO A LIDAR COM A ESCRITA. NESSE SENTIDO, O PROFESSOR TEM A TAREFA DE ENSINÁ-LA A DESCONFIAR DAQUILO QUE ESCREVEU, RACIOCINAR SOBRE O FATO E BUSCAR INFORMAÇÕES PARA SABER SE ESCREVEU CERTO OU NÃO.

POR MEIO DA PRODUÇÃO DE TEXTOS ESPONTÂNEOS, O PROFESSOR PODERÁ SABER O NÍVEL EM QUE SEUS ALUNOS ESTÃO, SUAS MAIORES DIFICULDADES, OS ERROS MAIS OU MENOS FREQÜENTES. PODERÁ ORGANIZAR SEU PLANEJAMENTO A FIM DE TRABALHAR COM ESTAS DIFICULDADES APLICANDO EXERCÍCIOS ESPECÍFICOS.

A AUTOCORREÇÃO DEVE SER UM INSTRUMENTO UTILIZADO COM FREQÜÊNCIA. REVER OS TEXTOS, MELHORÁ-LOS, MAS SEM IMPOSIÇÕES NEM COBRANÇAS. LER E RELER POR PRAZER. POR MEIO DA LEITURA, O ALUNO RESOLVERÁ A MAIOR PARTE DE SUAS DIFICULDADES.

AS CRIANÇAS NÃO CONSEGUEM PRONTAMENTE ESCREVER TUDO DE MANEIRA CORRETA, COMO O PROFESSOR DESEJA. AQUELA GRAFIA LINDA, SEM ERROS GRÁFICOS, SERÁ CONSEQÜÊNCIA DE UM TRABALHO FEITO EM LONGO PRAZO.

DE ACORDO COM FERREIRO (2000, P.21), A ESCOLA (COMO INSTITUIÇÃO) SE CONVERTEU EM GUARDIÃ DESSE OBJETO SOCIAL QUE É A LÍNGUA ESCRITA E SOLICITA DO SUJEITO EM PROCESSO DE APRENDIZAGEM UMA ATITUDE DE RESPEITO CEGO DIANTE DESSE OBJETO, QUE NÃO SE PROPÕE COMO UM OBJETO SOBRE O QUAL SE PODE ATUAR, MAS COMO UM OBJETO A SER CONTEMPLADO E REPRODUZIDO FIELMENTE, SEM MODIFICÁ-LO.

NA FASE DE ALFABETIZAÇÃO, DEVE ESTAR CLARO PARA O PROFESSOR – BEM COMO PARA AS CRIANÇAS - QUE A FUNÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA É A COMUNICAÇÃO E O REGISTRO DAS IDÉIAS.

AMBOS DEVEM ESTAR CONSCIENTES TAMBÉM EM RELAÇÃO AO ERRO: ERRO DE ORTOGRAFIA RELACIONA-SE COM AS HIPÓTESES QUE O ALUNO LEVANTA SOBRE A ESCRITA, APENAS ISSO (CAGLIARI, 1999, P.246).

O ERRO GRÁFICO DEVERÁ SER VISTO, PORTANTO, COMO INSTRUMENTO DE APRENDIZAGEM E NÃO COMO MOTIVO DE VERGONHA, POIS É INEVITÁVEL QUE UM INDIVÍDUO COMETA ERROS QUANDO ESTÁ EM PROCESSO DE APRENDIZAGEM. É CERTO TAMBÉM QUE ESTES ERROS DEVAM SER CORRIGIDOS, DEIXANDO CLARO PARA OS ALUNOS QUE ELES DEVEM SEMPRE SE AVENTURAR NOS CONHECIMENTOS QUE JÁ TÊM, SABENDO, CONTUDO, QUE NEM TUDO SAIRÁ CORRETO.

OS ALUNOS ESTÃO APENAS COMEÇANDO SEUS ESTUDOS E TERÃO MUITO TEMPO PARA ACRESCENTAR CONHECIMENTOS NOVOS E SANAR DIFICULDADES.

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
ESTE ARTIGO FOI ELABORADO COM O INTUITO DE LEVAR PAIS E PROFESSORES À REFLEXÃO SOBRE O TIPO DE LETRA USADO PELAS CRIANÇAS E SOBRE SEUS ERROS GRÁFICOS, ASSUNTOS QUE FAZEM PARTE DO DIA-A-DIA ESCOLAR.

A UTILIZAÇÃO DA LETRA DE IMPRENSA OU CURSIVA NÃO DEVE SER O FOCO PRINCIPAL DE DISCUSSÃO EM UMA ESCOLA, E SIM A IMPORTÂNCIA DA ESCRITA, FEITA COM QUALQUER TIPO DE LETRA, DESDE QUE EXISTAM COMUNICAÇÃO E REGISTRO DE IDÉIAS.

A ORTOGRAFIA DEVE SER LEVADA BASTANTE A SÉRIO. AO PROFESSOR CABERÁ A FUNÇÃO DE DEIXAR QUE AS CRIANÇAS ERREM MUITO E APRENDAM A BUSCAR SOLUÇÕES, EXERCENDO A FUNÇÃO DE CONDUTOR DA APRENDIZAGEM, MEDIANDO, INTERAGINDO, APRENDENDO.

NINGUÉM NASCE SABENDO, E A APRENDIZAGEM É ALGO BASTANTE SUBJETIVA. PODEMOS APRENDER MAIS FACILMENTE ALGUNS ASSUNTOS QUE OUTROS, O QUE NÃO SIGNIFICA QUE SEJAMOS MELHORES OU PIORES. SIGNIFICA APENAS QUE SOMOS INDIVÍDUOS DIFERENTES, SENDO QUE ESTA DIFERENÇA É QUE FAZ DA EDUCAÇÃO ALGO MARAVILHOSO EM QUE A ROTINA NÃO TEM VEZ.

VAMOS, PORTANTO, DEIXAR QUE AS CRIANÇAS ESCREVAM E QUE EXERCITEM SUA LIBERDADE DE REGISTRAR IDÉIAS COMO QUISEREM. AS CORREÇÕES PODEM FICAR PARA MAIS TARDE, SEM, CONTUDO, SEREM ESQUECIDAS.

AS CRIANÇAS QUEREM SER OUVIDAS, RESPEITADAS, MOTIVADAS A CONTINUAR. A VALORIZAÇÃO DA AUTO-ESTIMA, O CONTATO VISUAL, O CALOR HUMANO TAMBÉM FAZEM PARTE DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE.

TODO O RESTANTE SERÁ CONSEQÜÊNCIA DE UM TRABALHO FEITO COM AMOR. O MAIOR PRIVILÉGIO DE UM PROFESSOR É PODER CAMINHAR LADO A LADO COM OS SEUS ALUNOS, OBSERVANDO SEUS PROGRESSOS, AUXILIANDO NOS SEUS TROPEÇOS, SEMPRE PRONTO PARA ESTENDER A MÃO.
Manual do Educador
Princípios Pedagógicos

1. EDUCADOR:
● Perfil
O educador é mediador entre o aluno e o conhecimento, sendo assim, responsável socialmente pela formação do cidadão. Como profissional deve estar consciente da importância de seu papel no processo educativo, pois, o comportamento do educando é grandemente influenciado pela sua postura de educador.
● Caracterização do educador
O perfil do educador desejado pela Escola (___________) é de uma pessoa culta, responsável, bem equilibrada emocionalmente, que tenha forte amor pelo ensino e pelos alunos, que defenda os valores éticos e cristãos e ainda, que veja o aluno não só como aprendiz, mas também como alguém muito importante que precisa de orientações complementares para sua formação integral. Além disso, o educador da Escola (___________) deve ter como meta, ensinar seus alunos a pensar, ensiná-los a aprender a fazer, tornando-se para cada um deles, um exemplo de vida.
● Normas de Conduta do Educador:
● Identificar-se com a filosofia e a política desenvolvida pela Escola; zelar pela ética profissional; (união).
● Zelar pelo bom uso, conservação e manutenção das instalações, equipamentos e materiais diversos; (mordomia).
● Evitar ficar sentado constantemente, pois os alunos ficarão sem o apoio devido;
● Evitar roupas chamativas. Estamos ministrando a crianças. Ao conversar com o pai / mãe de aluno, começar o diálogo sempre com elogios, para depois expor as dificuldades do aluno.
● Deixar, sempre, a sala de aula limpa e em ordem para o colega da próxima aula, inclusive apagar o quadro (mordomia).
● Avisar, com antecedência, quando não puder cumprir seu horário de trabalho; o professor somente será liberado de pagar professor substituto em caso de atestado médico. (mordomia)
● Apresentar atestado médico, quando a falta for por problema de saúde, num prazo máximo de 02 (dois) dias (mordomia).
● Entregar pontualmente, provas, notas, diários e outros documentos solicitados pela Coordenação Pedagógica ou Secretaria (mordomia).
● Os planejamentos devem ser feitos com letra legível e caprichada; os cadernos devem ser encapados e margeados. Os cadernos de planejamento refletem o capricho e responsabilidade de quem os elaborou.
● Todos os bimestres devem ser separados por divisórias.
● Todos os dias os alunos deverão participar da “hora da alegria”, as professoras deverão ensinar músicas e cantar com os alunos, a música torna as pessoas mais sensíveis, o que diminui a agressividade entre os alunos.
● Usar, diariamente, o uniforme segundo a orientação da Coordenação; (mordomia).
● Conhecer as normas disciplinares da Escola e fazê-las cumprir, tendo domínio da disciplina dos alunos, mantendo-os sempre com atividades significativas durante toda a aula. O professor que constantemente colocar o aluno para fora da sala por motivos que a Coordenação achar desnecessário poderá ser advertido e tais procedimentos pesarão em sua avaliação no final do ano letivo; (sabedoria e caráter).
● Orientar, esclarecer e admoestar o aluno verbalmente antes de tomar uma medida corretiva mais enérgica; (mordomia).
● Esclarecer e notificar a Coordenação das dificuldades encontradas; (mordomia).
● Registrar ocorrências no seu controle diário; (mordomia)
● Participar das reuniões do Conselho de Classe, fornecendo informações sobe o desempenho do aluno; (mordomia).
● Elaborar e executar, respeitando a orientação, planejamento, atividades, avaliações e etc. (mordomia e autogoverno).
● Comunicar à Coordenação o uso de livros, fitas e qualquer material didático adicional (mordomia e individualidade).
● Ministrar aulas usando sempre técnicas e recursos variados; (caráter e soberania).
● Planejar com antecedência suas aulas e ministrá-las de modo a desafiar o aluno a estudar, interessar-se e crescer, (mordomia).
● Anotar a falta de tarefa na agenda do aluno; (mordomia).
● Fazer encaminhamento à Coordenação Pedagógica ao completar três anotações de tarefas não feitas. Não é permitido tirar o aluno da sala de aula por não ter feito a tarefa, apenas deverá encaminhar a sua agenda à Coordenação Pedagógica para tomar as devidas providências; (mordomia).
● O professor deverá fazer pesquisas em outros livros para não bitolar somente nos didáticos adotados pela escola.
2. Não é permitido ao professor:
● Falar mal, expor, difamar as autoridades constituídas sobre nós: Atos 23:5 (não falarás mal de uma autoridade); Romanos 13:1 (Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; por que não há autoridade que não proceda de Deus;... foram instituídas por Ele); I Samuel 12:22,23 (“Obedecer é melhor do que sacrificar ... Porque a rebelião é como o pecado da feitiçaria. E a obstinação é como a idolatria)”.
3. Sanções:
Os professores que incorrerem em faltas previstas neste manual, ou se conduzirem de forma contrária aos interesses da Escola, estarão sujeitos a:
a) Advertência oral;
b) Advertência escrita;
c) Suspensão;
d) Demissão;
4. Atividades:
Atividade Extra – Classe:
Acreditamos ser de fundamental importância no processo pedagógico, que o aluno esteja em contato com os conteúdos ministrados também fora da escola.
Optarmos por solicitar atividades de casa, pesquisas, trabalhos, exercícios, entrevistas, leitura prévia, estudos dirigidos.
5. Concepção de Avaliação:
Quanto à concepção de avaliação na perspectiva do projeto pedagógico da Escola (___________)l, esta é considerada uma das categorias mais importantes, pois inicia o processo educativo, pedagógico e está presente em todos os momentos.
Entendemos por avaliação um processo sistemático, isto é, um procedimento que se desenvolve ao longo do tempo, visando buscar subsídios, ou seja, informações, compreensão da qualidade do processo pedagógico, educativo.
A avaliação mede o conhecimento do aluno e a qualidade do trabalho do professor.
6. Avaliação contínua
Separar uma atividade por semana para ser avaliada: Ex: caligrafia, tabuada, págs de livro (recolher e verificar correção, por exemplo) atividades no caderno; estética, autocorreção; (produção de texto; organização do material; folha de problemas; folhas de contas; criatividade; trabalhos em grupo; etc. Resoluções das Listas de Exercícios; Pesquisas, Apresentações de Trabalhos, Seminários.
7. Característica das Avaliações; (P-I / P-II)
Uma avaliação comprometida com a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do processo pedagógico, com a qualidade e transformação social se caracteriza por:
● Não ter o objetivo de punir ou premiar, mas sem favorecer o crescimento e a formação do aluno e dos demais envolvidos no processo educativo da escola, pois todos serão avaliados (professor ↔ aluno).
● Para tal, faz-se necessário identificarmos as causas das insuficiências e dificuldades diagnosticada com o objetivo de:
● Superá-las;
●Evitar a reprovação do aluno;
8. Normativa para a Recuperação Paralela
Todos os professores deverão fazer a recuperação paralela das provas que estarão sendo aplicadas durante o ano letivo.
1º ao 6º Ano do Ensino Fundamental: conforme orientação da coordenação pedagógica.
9. Importante
Na prova bimestral, o professor não deverá fazer uma recuperação paralela desta prova.
Após a prova bimestral, ele fechará as médias de todos os alunos, e os alunos que não alcançarem média igual ou superior a 6,0 (seis) serão encaminhados para fazer a recuperação paralela.
Nesta recuperação bimestral, o professor deverá passar uma lista de exercícios e o conteúdo que cairá na prova de recuperação. Entretanto, essa lista não terá peso nenhum na composição da recuperação. Ela será apenas um auxilio para o estudo do aluno.
10. Procedimentos quanto à postura disciplinar dos alunos
● Chamar o aluno para conversar individualmente, não de forma agressiva, mas dialogada.
● Chamar o pai do aluno para conversar e questionar sobre o comportamento do filho em casa pedindo sugestões ao pai de como trabalhar com ele, uma vez que o professor está com dificuldades.
● Se não resolver, chamar o pai e dizer que deixará o aluno sem parquinho alguns minutinhos. Nunca sem escovar os dentes ou sem lanchar.
● Não é permitido levar os alunos à Coordenação ou Direção, somente em casos extremos. (porque o professor acaba perdendo sua autoridade).
OBSERVAÇÃO:
Estes são os procedimentos mais extremos a serem tomados, pois existem muitas outras estratégias a serem usadas pelo professor para cativar um aluno indisciplinado.
VENHA CÁ MEU BALÃOZINHO
DIGA AONDE VOCÊ VAI.

VOU FUGINDO,
VENHA CÁ MEU BALÃOZINHO
DIGA AONDE VOCÊ VAI.

VOU FUGINDO,
VOU PRA LONGE,
VOU PRA CASA DE MEUS PAIS.

HA! HA! HA!
MAS QUE TOLICE!
NUNCA VI BALÃO TER PAI.
FIQUE QUIETO NESTE CANTO
QUE DAQUI VOCÊ NÃO SAI.

QUANDO A NOITE FOR CHEGANDO,
ONDE IRÁ VOCÊ DESCER?
SE CAIR EM NOSSAS MATAS,
O QUE É QUE VAI ACONTECER?

TODA A MATA PEGA FOGO,
PASSARINHOS VÃO MORRER
E OS RIOS VÃO SECANDO
E NÃO PODEM MAIS CORRER.

JÁ ESTOU ARREPENDIDO.
QUANTO MAL FAZ UM BALÃO!
VOU FICAR É BEM QUIETINHO,
AMARRADO NO CORDÃO
RESENHA DO LIVRO:

"A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER", DE PAULO FREIRE

Introdução
O livro “A Importância do Ato de Ler” de Paulo Freire, relata os aspectos da biblioteca popular e a relação com a alfabetização de adultos desenvolvida na República Democrática de São Tomé e Príncipe.
Ao mesmo tempo, nos esclarece que a leitura da palavra é precedida da leitura do mundo e também enfatiza a importância crítica da leitura na alfabetização, colocando o papel do educador dentro de uma educação, onde o seu fazer deve ser vivenciado, dentro de uma prática concreta de libertação e construção da história, inserindo o alfabetizando num processo criador, de que ele é também um sujeito.
1 - A IMPORTÂNCIA DO ATO DE LER
Segundo Paulo Freire a leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio dando na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo da sua escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade, aquele mundo especial se dava a ele como o mundo de sua atividade perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de suas primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção experimentava e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber se encarnavam numa série de coisas, de objetos, de sinais, cuja compreensão ia aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais.
A leitura do seu mundo foi sempre fundamental para a compreensão da importância do ato de ler, de escrever ou de reescrevê-lo, e transformá-lo através de uma prática consciente.
Esse movimento dinâmico é um dos aspectos centrais do processo de alfabetização que deveriam vir do universo vocabular dos grupos populares, expressando a sua real linguagem, carregadas da significação de sua experiência existencial e não da experiência do educador.
A alfabetização é a criação ou a montagem da expressão escrita da expressão oral. Assim as palavras do povo, vinham através da leitura do mundo. Depois voltavam a eles, inseridas no que se chamou de codificações, que são representações da realidade. No fundo esse conjunto de representações de situações concretas possibilitava aos grupos populares uma “leitura da leitura” anterior do mundo, antes da leitura da palavra. O ato de ler implica na percepção crítica, interpretação e “re-escrita” do lido.
1.1 - Alfabetização de Adultos e Biblioteca Populares: Uma introdução
Para Paulo Freire falar de alfabetização de adultos e de biblioteca populares é falar, entre muitos outros, do problema da leitura e da escrita. Não da leitura de palavras e de sua escrita em si próprias, como se lê-las e escrevê-las, não implicasse uma outra leitura da realidade mesma, para aclarar o que chama de prática e compreensão crítica da alfabetização.
Do ponto de vista crítico é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. Quanto mais ganhamos esta clareza através da prática, mais percebemos a impossibilidade de separar a educação da política e do poder.
A relação entre a educação enquanto subsistema e o sistema maior são relações dinâmicas contraditórias. As contradições que caracterizam a sociedade como está sendo, penetram a intimidade das instituições pedagógica em que a educação sistemática se está dando e alterando o seu papel ou o seu esforço reprodutor da ideologia dominante.
O que temos de fazer então, enquanto educadoras ou educadores, é aclarar assumindo a nossa opção que é política, e ser coerentes com ela na prática.
A questão da coerência entre a opção proclamada e a prática é uma das exigências que educadores críticos se fazem a si mesmos. É que sabem muito bem que não é o discurso o que ajuíza a prática, mas a prática que ajuíza o discurso. Quem apenas fala e jamais ouve; quem “imobiliza” o conhecimento e o transfere a estudantes, quem ouve o eco, apenas de suas próprias palavras, quem considera petulância a classe trabalhadora reivindicar seus direitos, não tem realmente nada que ver com a libertação nem democracia.
Pelo contrário, quem assim atua e assim pensa, consciente ou inconsciente, ajuda a preservação das estruturas autoritárias.
Só educadoras e educadores autoritários negam a solidariedade entre o ato de educar e o ato de ser educado pelos educandos.
Uma visão da educação é na intimidade das consciências, movida pela bondade dos corações, que o mundo se refaz. É, já que a educação modela as almas e recria corações ela é a alavanca das mudanças sociais.
Se antes a transformação social era entendida de forma simplista, fazendo-se com a mudança, primeiro das consciências, como se fosse a consciência de fato, a transformadora do real, agora a transformação social é percebida como um processo histórico.
Se antes a alfabetização de adultos era tratada e realizada de forma autoritária, centrada na compreensão mágica da palavra doada pelo educador aos analfabetos; se antes os textos geralmente oferecidos como leitura aos alunos escondiam a realidade, agora pelo contrário, alfabetização como ato de conhecimento, como um ato criador e como ato político é um esforço de leitura do mundo e da palavra. Agora já não é possível textos sem contexto.
A alfabetização de adultos e pós-alfabetização implicam esforços no sentido de uma correta compreensão do que é a palavra escrita, a linguagem, as relações com o contexto de quem fala, de quem lê e escreve, compressão, portanto da relação entre “leitura” do mundo e leitura da palavra. Daí a necessidade que tem uma de biblioteca popular, buscando o adentramento crítico no texto, procurando aprender a sua significação mais profunda, propondo aos leitores uma experiência estética, de que a linguagem popular é inteiramente rica.
A forma com que atua uma biblioteca popular, a constituição do seu acervo, as atividades que podem ser desenvolvidas no seu interior, tudo isso tem que ser como uma certa política cultural.
Se antes raramente os grupos populares eram estimulados a escrever seus textos, agora é fundamental fazê-lo, desde o começo da alfabetização para que, na pós-alfabetização, se vá tentando a formação do que poderá vir a ser uma pequena biblioteca popular com a inclusão de páginas escritas pelos próprios educandos.
1.2 - O Povo diz a sua Palavra ou a Alfabetização em São Tomé e Príncipe
Segundo Freire com a alfabetização de adultos no contexto da República Democrática de São Tomé e Príncipe, a cujo governo vem dando juntamente com Elza Freire, uma contribuição no campo da educação de adultos como assessor, se torna indispensável uma concordância em torno de aspectos fundamentais entre o assessor e o governo assessorado. Seria impossível, por exemplo, dar uma colaboração, por mínima que fosse a uma campanha de alfabetização de adultos promovido por um governo antipopular. Não poderia assessorar um governo que em nome da primazia da “aquisição” de técnicas de ler e escrever palavras por parte dos alfabetizando, exigi-se, ou simplesmente sugerisse que fizesse a dicotomia entre a leitura do texto e a leitura do contexto. Um governo para quem a leitura do concreto, o desenvolvimento do mundo não são um direito do povo, que, por isso mesmo, deve ficar reduzido à leitura mecânica da palavra.
É exatamente este aspecto importante — o da relação dinâmica entre a leitura da palavra e a leitura da realidade em que nós encontramos coincidentes os governos de São Tomé e Príncipes e nós.
Todo esforço que vem sendo feito em São Tomé e Príncipe na prática da alfabetização de adultos como na da pós-alfabetização se orienta neste sentido. Os cadernos de cultura popular vêm sendo usados pelos educandos como livros básicos, com exercícios chamados Praticar para o Aprender. A linguagem dos textos é desafiadora e não sloganizado. O que se quer é a participação efetiva do povo enquanto sujeito, na reconstrução do país, a serviço de que a alfabetização e a pós-alfabetização se acham. Por isso mesmo os cadernos não são nem poderiam ser livros neutros, é a participação crítica e democrática dos educandos no ato de conhecimento de que são também sujeitos. É a participação do povo no processo de reinvenção de sua sociedade, no caso a sociedade são tomense, recém-independente do jugo colonial, que há tanto tempo a submetia.
É preciso, na verdade, que a alfabetização de adultos e a pós-alfabetização, a serviço da reconstrução nacional, contribuam para que o povo, tomando mais e mais a sua História nas mãos, se refaça na leitura da História, estando presente nela e não simplesmente nela estar representado.
No fundo o ato de estudar, enquanto ato curioso do sujeito diante do mundo é expressão da forma de estar sendo dos seres humanos, como seres sociais, históricos, seres fazedores, transformadores, que não apenas sabem, mas sabem que sabem.
O povo tem de conhecer melhor, o que já conhece em razão da sua prática e de conhecer o que ainda não conhece.
Nesse processo, não se trata propriamente de entregar ou de transferir às massas populares a explicação mais rigorosa dos fatos como algo acabado, paralisado, pronto, mas contar, estimulando e desafiando, com a capacidade de fazer, de pensar, de saber e de criar das massas populares.
Na alfabetização pós-alfabetização não nos interessa transferir ao Povo frases e textos para ele ir lendo sem entender. A reconstrução nacional, exigem de todos nós uma participação consciente em qualquer nível, exige ação e pensamento, exige prática e teoria, procurar descobrir de entender o que se acha mais escondido nas coisas e aos fatos que nós observamos e analisando.
A reconstrução nacional precisa de que o nosso Povo conheça mais e melhor a nossa realidade.
2 - ANÁLISE DAS IDÉIAS DO AUTOR
Ao elaborar uma síntese das reflexões sobre o livro “A Importância do Ato de Ler” e as relações da biblioteca popular com a alfabetização de adulto de Paulo Freire, leva-nos a compreensão da prática democrática e crítica da leitura do mundo e da palavra, onde a leitura não deve ser memorizada mecanicamente, mas ser desafiadora que nos ajude a pensar e analisar a realidade em que vivemos. “É preciso que quem sabe, saiba sobre tudo que ninguém sabe tudo e que ninguém tudo ignora” (FREIRE, p.32).
É essencial que saibamos valorizar a cultura popular em que nosso aluno está inserido, partindo desta cultura, e procurando aprofundar seus conhecimentos, para que participe do processo permanente da sua libertação.
“A biblioteca popular como centro cultural e não como um depósito silencioso de livros, é vista como um fator fundamental para o aperfeiçoamento e a intensificação de uma forma correta de ler o texto em relação com o contexto” (FREIRE, p.38).
Nesse sentido a atuação da biblioteca popular, tem algo a ver com uma política cultural, pois incentiva a compressão crítica do que é a palavra escrita, a linguagem, as suas relações com o contexto, para que o povo participe ativamente das mudanças constantes da sociedade.
“O processo de aprendizagem na alfabetização de adultos está envolvida na prática de ler, de interpretar o que lêem, de escrever, de contar, de aumentar os conhecimentos que já têm e de conhecer o que ainda não conhecem, para melhor interpretar o que acontece na nossa realidade” (FREIRE, p. 48).
Isso só conseguimos através de uma educação que estimule a colaboração, que dê valor à ajuda mútua, que desenvolva o espírito crítico e a criatividade: uma educação que incentive o educando unindo a prática e a teoria, com uma política educacional condizente com os interesses do nosso Povo.
Conclusão
Concluímos com a leitura desse livro, nós educadores e educandos para melhorarmos nossa prática devemos começar a avalizar que, a importância do ato de ler, não está na compreensão errônea de que ler é devorar de bibliografias, sem realmente serem lidas ou estudadas. Devemos ler sempre e seriamente livros que nos interessem, que favoreçam a mudança da nossa prática, procurando nos adentrarmos nos textos, criando aos poucos uma disciplina intelectual que nos levará enquanto professores e estudantes não somente fazermos uma leitura do mundo, mas escrevê-lo o reescrevê-lo, ou seja, transformá-lo através de nossa prática consciente.
Sabemos que, se mudarmos nossa disciplina sobre o ato de ler, teremos condições de formar as nossas bibliotecas populares, incentivando os grupos populares e a escrever seus textos desde o início da alfabetização; assim iríamos aos poucos formando acervos históricos escritos pelos próprios educandos.
E através da cultura popular o que se quer é a afetiva participação do povo enquanto sujeito na construção do país, pois quanto mais consciente o povo faça sua história, tanto mais que o povo perceberá, com lucidez as dificuldades que tem a enfrentar, no domínio econômico, social e cultural, no processo permanente de sua libertação.


Referência bibliográfica

FREIRE, Paulo. A Importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam. 22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. 80 O material Dourado Montessori
(tópico 4)
________________________________________
O mateiral Dourado ou Montessori é constituído por cubinhos, barras, placas e cubão, que representam:

Observe que o cubo é formado por 10 placas, que a placa é formada por 10 barras e a barra é formada por 10 cubinhos. Este material baseia-se em regras do nossso sistema de numeração.

Veja como representamos, com ele, o número 265:

Este material pedagógico, confeccionado em madeira, costuma ser comercializado com o nome de material dourado. Você pode construir um material semelhante, usando cartolina. Os cubinhos são substituídos por quadradinhos de lado igual a 2 cm, por exemplo. As barrinhas são substituídas por retângulos de 2 cm por 20 cm a as placas são substituídas por quadrados de lado igual a 20 cm.

Embora seja possível representar o milhar, vamos evitá-lo trabalhando com números menores.
Damos a seguir sugestões para o uso do Material Dourado Montessori.
As atividades propostas foram testadas e mostraram-se eficazes desde a primeira até a quinta série. Muitas delas foram concebidas pelos grupos de alunos, recomendando-se que os grupos não tenham mais do que 6 alunos.
O professor, com o conhecimento que tem de seus alunos, saberá em que série cada atividade poderá ser aplicada com melhor rendimento. Várias das atividades podem ser aplicadas em mais de uma série, bastando, para isso, pequenas modificações.
Utilizando o material, o professor notará em seus alunos um significativo avanço de aprendizagem. Em pouco tempo, estará enriquecendo nossas sugestões e criando novas atividades adequadas a seus alunos, explorando assim as inúmeras possibilidades deste notável recurso didático.
________________________________________
1. JOGOS LIVRES
Objetivo: tomar contato com o material, de maneira livre, sem regras.
Durante algum tempo, os alunos brincam com o material, fazendo construções livres.
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!
________________________________________
2. MONTAGEM
Objetivo: perceber as relações que há entre as peças.
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
O professor estimula os alunos a obterem conclusões com perguntas como estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar conceitos geométricos, propondo desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?
________________________________________
3. DITADO
Objetivo: relacionar cada grupo de peças ao seu valor numérico.
O professor mostra, um de cada vez, cartões com números. As crianças devem mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor quantidade delas.

Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade correspondente.
p.
Os diferentes estilos de aprendizagem de cada criança


Estilos de aprendizagem: as diferentes formas de adquirir conhecimento.

Cada indivíduo possui e apresenta uma maneira própria de aprender, a forma individual de adquirir conhecimento é definida como Estilo de Aprendizagem. Por exemplo: algumas crianças aprendem com maior facilidade cantando músicas, outras através de brincadeiras, brinquedos pedagógicos, entre outros.

Conforme colocado anteriormente, sendo o Estilo de Aprendizagem um aprendizado pessoal e único, vale ressaltar que não se trata do que o indivíduo aprende e sim a forma que ele utiliza durante o aprendizado.

No intuito de identificar qual o melhor tipo de abordagem para seu aluno ou filho, fazendo com que crie e oriente estratégias educacionais personalizadas de acordo com o perfil de aprendizagem e proporcionando um aprendizado de forma prazerosa e com maior facilidade, conheça os tipos de aprendizagem existentes, bem como a maneira ideal de ser utilizada.


Os sete tipos de Estilo de Aprendizagem identificados no indivíduo:


Físico: definido como o indivíduo que utiliza bastante a expressão corporal, as pessoas que apresentam esse perfil geralmente são inquietos, bisbilhoteiros e “destruidores” de brinquedos, pois buscam saber como ocorre o funcionamento desses. Interagem melhor através do contato manual e corporal, costumam ter gosto pela prática de esportes, dança, invenção e construção de algo.
Segue abaixo algumas atividades recomendadas aos indivíduos que apresentam esse Estilo de Aprendizagem:

Sugestões de atividades:
• Realizar aulas práticas com montagens e construções de objetos e simulações;
• Incluir aulas virtuais em computadores;
• Alternar momentos teóricos e práticos durante a aula.


Intrapessoal: definido como o indivíduo que apresenta característica introspectiva, costuma ser solitário, tímido, anti-social, porém costumam apresentar melhor desempenho quando deixados à vontade.
Na escola tendem a identificar melhor com atividades de escrita, pesquisa e
projetos independentes, apresentando raciocínio lógico muito apurado e são bastante reflexivos.

Sugestões de atividades:
• Realizar projetos independentes com eles;
• Devido ser considerados pesquisadores natos, pode requisitar inúmeros trabalhos de pesquisas;
• Evitar trabalhos em grupo, pois apresentam melhor desempenho em atividades isoladas.

Interpessoal: definido como um indivíduo extrovertido, relaciona-se melhor com o mundo através de suas interações com os outros, apresenta melhor entendimento com pessoas que trabalham em grupo. São considerados prestativos e autênticos, apresentam melhor desempenho em atividades com equipes esportivas, grupos de discussões e organização de eventos, trabalhos de pesquisa em grupo, ou trabalho em pequenas equipes.

Sugestões de atividades:
• Realizar projetos em grupos;
• Organizar trabalhos onde possam lidar com o público, como debates e entrevistas.


Lingüístico ou Verbal: definido como o indivíduo que apresenta maior facilidade em se expressar com palavras, são consideradas como “devoradores” de livros, sendo extremamente cultas, sempre tem domínio do assunto que é abordado. São simpatizantes de atividades que envolvem o uso da palavra falada, escrita de poemas e leitura literária.

Sugestões de atividades:
• Realizar projetos literários, concursos para redação de textos publicitários;
• Realizar debates de temas polêmicos;
• Criar peça de teatro, etc.

Matemático: geralmente esses indivíduos utilizam mais o pensamento (raciocínio lógico), números, padrões e seqüências, contagem e classificação de objetos, criação de tábuas cronológicas e tabelas, e solução de problemas complexos. São considerados gênios matemáticos e tendem a ser apaixonados por jogos.

Sugestões de atividades:
• Ensinar atividades que tenha como comprovar a resolução;
• Realizar projetos que propiciem a organização e classificação de coisas e objetos;
• Realizar projetos de pesquisas científicas ou comportamentais.


Musical: são indivíduos que se interessam mais por sons e músicas, geralmente vivem cantando ou entoando algum som, mesmo com a boca fechada. Apresentam habilidade natural para interagir e entender os sons, musicais ou não.


Sugestões de atividades:

• Realizar projetos para criação de teatros musicais;
• Escrever letras para músicas já existentes;
• Realizar projetos de pesquisa, biografia e bibliografia musicais;
• Realizar projetos para criação de trabalhos em multimídia.


Visual: são indivíduos que tendem a explorar mais o aspecto visual das coisas, apresentando um talento natural para lidar com cores e harmonizar ambientes. Identificam-se através de pinturas, imagens, bem como criação de artes gráficas.

Sugestões de atividades:
• Criar projetos voltados para a criação de cenários para peças de teatro;
• Criar um Site para a turma ou escola;
• Solicitar apresentações multimídia dos trabalhos da escola;
• Realizar projetos com interpretação de mapas, diagramas e obras de arte;
• Trabalhar com ilustrações, gráficos, slides e filmes nas aulas.

É importante esclarecer que uma pessoa pode apresentar mais de um estilo de aprendizagem, mas geralmente tende a ter o estilo primário tido como o dominante e o secundário.

Por Elen Campos Caiado
Graduada em Fonoaudiologia e Pedagogia
Equipe Brasil Escola

* Copilação extraida do site: http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/os-diferentes-estilos-aprendizagem-cada-crianca.htm
A LENDA DO AMOR!



Havia uma pequena aldeia onde o dinheiro não entrava. Tudo o que as pessoas compravam tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado. A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era o AMOR.
Quem nada produzia quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos, ou utensílios, dava seu AMOR. O AMOR era simbolizado por um floquinho de algodão.
Muitas vezes era normal que as pessoas trocassem floquinhos sem querer nada em troca. As pessoas davam seu AMOR, pois sabiam que receberiam outros num outro momento ou outro dia.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia convenceu um pequeno garoto à não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse. Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar AMOR e, em pouquíssimo tempo, sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, às pessoas começaram a guardar o pouco AMOR que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiram a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ÓDIO, a DISCÓRDIA, as pessoas se OFENDERAM pela primeira vez e passaram a IGNORAR-SE pelas ruas.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a se sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu AMOR.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a se sentir-se TRISTE e SOZINHO, o que o fez procurar a velha para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão. Pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu AMOR.
A todos que dava AMOR, apenas dizia:
- Obrigado por receber meu AMOR.
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último AMOR sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu AMOR. Um outro fez o mesmo... Mais outro... E outro...
Até que, definitivamente, a aldeia voltou ao normal e o AMOR voltou a ser distribuído.
Não devemos fazer as coisas pensando em receber algo em troca. Mas devemos, sempre, lembrar que os outros existem. O sentimento sincero nos é oferecido espontaneamente. Aqueles que te quiserem bem se lembrarão de você. Receber sem cobrar é mais verdadeiro...
Receber AMOR é muito bom. E o simples gesto de lembrar que alguém existe é a forma mais simples de fazê-lo.

Este é o meu floquinho para você !!!

Não acumule seus floquinhos... Distribua-os a todos... Eles podem ser na forma de um abraço, um beijo, um aperto de mão, um telefonema, uma oração, uma carta e também um e-mail ! Distribua...
E lembre-se: NUNCA GUARDE O AMOR QUE VOCÊ TEM! É DANDO AMOR, QUE SE RECEBE AMOR!


Retirado do Blog de Adriana Fonseca:
MATEMATICA

sábado, 26 de junho de 2010

Boa Tarde!
Quando você precisar de uma tábua de salvação, lembre-se destas quatro palavras milagrosas: Trabalho, Perdão, Paciência e Oração.
Se tudo se apresenta dificil e amarrado, experimente o trabalho e se protegerá das complicações. Se recebeu ofensa, use o perdão e se isolará da mágoa e do desejo de vingança que fazem mais mal do que a ofensa. Se apareceu o problema de longo curso, sirva-se de paciência e espere confiante. E para guardar uma esperança forte, confiar no seu valor e em Deus, use a força da oração.
Empregar os meios adequados às situações é sabedoria e paz interior.
Lourival Lopes
Meritocracia em debate: sete ideias para qualificar os professores
itamar.melo@zerohora.com.br

1 - Formação de qualidade

Problema: a formação no país é de baixa qualidade. Formação ruim gera professores ruins.
O que pode ser feito: além de melhorar a qualidade dos cursos, fechando os mais precários, é necessário rever o modelo brasileiro. Os futuros professores aprendem teorias pedagógicas, e não a ensinar. A saída é oferecer cursos voltados para a prática.

2 - Tornar a carreira mais atrativa

Problema: a profissão atrai, em geral, pessoas que não se destacaram na vida escolar. Os mais talentosos procuram outras atividades.
O que pode ser feito: é preciso fazer a carreira de professor valer a pena. Os salários têm de ser competitivos, com perspectivas de crescimento. Carga horária e disponibilidade de recursos didáticos precisam melhorar.

3 - Premiar o mérito do profissional

Problema: a qualidade do professor é o principal fator do aprendizado, mas no Brasil o quesito é pouco levado em consideração.
O que pode ser feito: recompensar os melhores é uma forma de estimular o aperfeiçoamento e a qualidade. Especialistas propõem mais treinamento ou mesmo punições a quem não consegue ensinar.

4 - Dar suporte técnico

Problema: os professores recebem pouca ajuda para fazer seu trabalho e para superar os obstáculos em sala de aula.
O que pode ser feito: promover os mais talentosos para a função de tutores dos colegas. Eles serviriam como auxiliares, indo às aulas para observar o docente, orientá-lo sobre o que pode fazer melhor e ajudá-lo a montar estratégias.

5 - Avaliar alunos e escolas

Problema: a escassez de dados sobre desempenho é um obstáculo para saber o que funciona e o que não funciona.
O que pode ser feito: montar avaliações permanentes e bancos de dados que permitam saber como estão evoluindo cada aluno, turma e escola oferece instrumentos para descobrir onde estão as falhas de aprendizado.

6 - Postergar a estabilidade

Problema: só é possível saber se um professor é bom depois que ele já está trabalhando em sala de aula, mas faltam mecanismos para corrigir e afastar os ruins.
O que pode ser feito: criar um período probatório durante o qual o profissional é avaliado e orientado muito de perto. Só depois disso, caso ele demonstre capacidade, seria efetivado.

7 - Dar mais autonomia para as escolas

Problema: os sistemas são burocratizados e centralizados, com pouca cobrança de resultados.
O que pode ser feito: um modelo que tem se mostrado promissor é o de conceder ao diretor autonomia para gerir orçamento, definir métodos de ensino e escolher sua equipe de professores. Ele se torna responsável pelo resultado, podendo ser premiado ou punido.


ITAMAR MELO
Resolução SE 50, de 10-6-2010 - Do funcionamento das repartições públicas estaduais nos dias que especifica
Regulamenta a aplicação do disposto no Decreto nº 55.848, de 24 de maio de 2010, que trata do funcionamento das repartições públicas estaduais nos dias que especifica e dá providências correlatas
O Secretário da Educação, no uso de suas atribuições e considerando:
o disposto no Decreto nº 55.848, de 24.5.2010, que dispõe sobre o funcionamento das repartições públicas estaduais em virtude da participação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol de 2010; a necessidade de orientar as escolas quanto à adoção de procedimentos que lhes assegurem adequar as alterações do horário de funcionamento ao cumprimento dos mínimos de carga horária e de dias letivos determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional,
Resolve:
Art. 1º - O expediente dos órgãos centrais, regionais e das unidades escolares da Secretaria da Educação, nos dias dos jogos da Seleção Brasileira, na primeira fase da Copa do Mundo de Futebol de 2010, observará o disposto no Decreto nº 55.848, de 24.5.2010, e o contido na presente resolução.
Art. 2º - As unidades escolares que integram a rede estadual de ensino interromperão seu funcionamento a partir das 14 horas, no dia 15 de junho, 3ª feira, podendo retomá-lo, observado o horário previamente estabelecido em seu plano de trabalho, para desenvolvimento das atividades previstas para o período noturno.
Parágrafo único – no dia 25 de junho, 6ª feira, o expediente terá início às 14 horas, conforme estabelecido no inciso II do artigo 1º do Decreto nº 55.848/2010.
Art. 3º - Caberá aos Supervisores de Ensino, à vista das peculiaridades, necessidades e condições de cumprimento dos mínimos legais de dias e cargas horárias previstos nos calendários e matrizes curriculares das escolas sob sua jurisdição, decidir conjuntamente com a direção da escola, sobre o cumprimento do disposto no artigo anterior.
Art. 4º - Caberá ao superior hierárquico dos servidores dos órgãos centrais, regionais e das unidades escolares elaborar a escala de compensação, à razão de 1 (uma) hora diária, respeitada a jornada de trabalho a que estiver sujeito cada servidor.
§ 1º - A compensação das horas não trabalhadas deverá ser registrada em folha de ponto.
§ 2º - A não compensação das horas não trabalhadas acarretará os descontos cabíveis ou, se for o caso, falta ao serviço no dia sujeito à compensação.
Art. 5º - Dada a peculiaridade do funcionamento das unidades escolares, o Diretor de Escola poderá adotar escala de compensação, seja para compensação de aulas não ministradas pelos professores, seja para horas não trabalhadas pelos servidores, alterando o tempo diário destinado à compensação de que trata o caput do artigo 4º desta resolução.
Art. 6º - Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação.
fonte: http://www.imesp.com.br/

quinta-feira, 24 de junho de 2010

IMPORTÂNCIA DA LEITURA - professor alfabetizador - Coleção: Profº Regin...

IMPORTÂNCIA DA LEITURA - professor alfabetizador - Coleção: Profº Regin...

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TEORIAS E METODOLOGIAS


Emilia Ferreiro
Psicolingüista Argentina, doutorou-se pela Universidade de Genebra, orientada por Jean Piaget. Inovou ao utilizar a teoria do mestre para investigar um campo que não tinha sido objeto de estudo piagetiano. Aos 62 anos, é pesquisadora do Instituto Politécnico Nacional, no México.

O que ficou
As crianças chegam à escola sabendo várias coisas sobre a língua. É preciso avaliá-las para determinar estratégias para sua alfabetização.

Um alerta
Apesar de a criança construir seu próprio conhecimento, no que se refere à alfabetização, cabe a você, professor, organizar atividades que favoreçam a reflexão sobre a escrita.

Processo da leitura e da escrita

Diagnosticar quanto os alunos já sabem antes de iniciar o processo de alfabetização é um preceito básico do livro Psicogênese da Língua Escrita, que Emilia escreveu com Ana Teberosky em 1979. A obra, um marco na área, mostra que as crianças não chegam à escolas vazias, sem saber nada sobre a língua. De acordo com a teoria, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada:

Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;

Silábica: interpreta a letra à sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada letra;

Silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;

Alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.



O fácil e o difícil - Para melhor exemplificar sua proposta de mudança conceitual da prática pedagógica, Emilia lembrou como a escola tradicional concebe a língua escrita: “Na escola tradicional, o sujeito que aprende praticamente desaparece, porque o reduzem a um conjunto de habilidades. Habilidades perceptivas, motrizes, perceptiva-motriz, de discriminação perceptiva, auditiva e visual. É a cópia de um modelo dado, uma cópia na qual é proibida qualquer distorção. O objeto da língua escrita se apresenta de tal maneira que a criança o percebe como algo imutável, que deve ser apenas recebido, nunca transformado. Por isso é que se exige da criança uma atitude de respeito cego. A lição tradicional é dada elemento por elemento, supondo que a soma linear dos elementos leve à totalidade. Assim se avança, letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra, imaginando-se que basta juntar mais letras, sílabas ou palavras às precedentes. Nesta concepção, o fácil e o difícil são "determinados” de fora: o que ao adulto já alfabetizado parece fácil ou difícil, sem suspeitar sequer que a definição de fácil e difícil também pode ser dada pela criança. E nem sempre o que parece fácil ao sujeito já alfabetizado é fácil para quem não está alfabetizado. Todos nós tivemos esta visão alguma vez, mas já não somos capazes de recuperá-la".

Cruzada - Com base em suas pesquisas e nas contribuições de investigadores de várias partes do mundo, Emilia Ferreiro conclamou os educadores da América Latina a se integrarem numa cruzada pela mudança desta visão de alfabetização: "É possível fazer uma mudança muito profunda, uma mudança que é uma revolução conceitual. Não se trata de acrescentar novas atividades, novos livros ou novas propostas às velhas, mas sim de uma mudança total na concepção do objetivo da aprendizagem, do processo da aprendizagem, do sujeito que aprende e, forçosamente, também do professor".

Preocupação - Preocupada com o impacto de suas idéias na ação dos alfabetizadores habituados com métodos tradicionais, Emilia Ferreiro esclareceu: "Não se trata, de modo algum, de dizer que as crianças se alfabetizam sozinhas. Trata-se, isto sim, de compreender o processo que elas estão vivendo, a cada momento, para poder intervir mais eficazmente, ajudando para que o diálogo entre professor e aluno não seja destruído. A partir do conhecimento de uma série de fatos que estão vinculados à evolução psicológica, é preciso pensar em outros termos na intervenção pedagógica e em todas as coisas que estão em redor desta intervenção".

Processo Evolutivo - Entre as intervenções pedagógicas que devem ser reavaliadas, Emilia Ferreiro citou o uso de cartilhas, os modos de avaliação e promoção de alunos e, especialmente, os testes de prontidão e provas de avaliação posteriores. Para ela, o importante é compreender o desenvolvimento das idéias da criança sobre a escrita como um processo evolutivo: "Na lição tradicional, a criança sabe ou não sabe, pode ou não pode, se equivoca ou acerta. Isto torna muito difícil compreender que a criança está apresentando uma evolução e que certas coisas são normais dentro da evolução, ainda que ela cometa erros em relação à escrita adulta. O professor deve sempre interpretar a produção gráfica das crianças de maneira positiva".

Fundamentos - Para fundamentar o que dizia, Emilia Ferreiro expôs, durante o encontro com os professores, desenhos e garatujas infantis, aparentemente sem grande significado. E explicou: "Quando uma professora aprende a interpretar estas produções, aprende também a respeitar este produtor. Aprende a respeitar esta criança que lhe está mostrando, através destas produções, os esforços que está fazendo para compreender o sistema alfabético da escrita. E que, na verdade, não tem nada de simples, nem de evidente".

Pouco tempo - O caminho da alfabetização, segundo Emilia Ferreiro, passa necessariamente por etapas em que a criança constrói o seu conhecimento, independentemente da camada social a que pertença. As etapas são iguais, podendo variar apenas de acordo com a idade da criança, nunca de sua condição social. "As crianças que estão crescendo em ambiente onde a língua escrita existe - onde se lê e se escreve não apenas como atos muito especiais, mas como parte da vida diária -, onde são estimuladas a manusear livros, onde se permite a elas escrever e desenhar. Estas crianças adquirem muitas informações sobre a língua escrita. Geralmente faz por conta própria uma boa parte do caminho da alfabetização. Se, ao contrário, a criança não tem contato com a língua escrita, se em redor dela não há pessoas que possam ler e escrever, é muito difícil que chegue à escola sabendo o que quer dizer LER e entendendo o que quer dizer ESCREVER”.

Recomendação - Uma das principais recomendações de Emilia Ferreiro aos alfabetizadores é que nunca desprezem a bagagem de conhecimentos sobre a escrita que a maioria das crianças leva para a escola: "O que sabemos é que nenhuma criança urbana chega totalmente ignorante à escola primária. Nós, adultos, é que temos a tendência bem marcada de confundir os saberes diferentes dos nossos alunos pobres com ignorância. Por isso, os discriminamos e rechaçamos. Sabemos também que a possibilidade de uma criança conseguir alfabetizar-se em um ano escolar, que é muito pouco tempo, depende do seu nível de contextualização. Como a escola não faz avaliações do nível inicial, não se dá conta de que algumas crianças chegam sabendo mais do que outras. E quando digo avaliação não estou pensando em prova específica, mas simplesmente em atividades que permitam ao professor ver o que a criança pode fazer".

Proposta - A proposta de Emilia é que os professores, sem qualquer prova inicial de avaliação, criem espaços para que as crianças possam produzir e lhes mostrar o que compreendem sobre a escrita: "Uma das coisas mais reprimidas na escola tradicional tem sido a escrita. Uma das coisas mais proibidas é a escrita espontânea. A escola fala em texto livre, mas proíbe textos livres como representação da escrita da melhor maneira que o sujeito é capaz de conseguir em cada momento de sua evolução".

Descobertas - O estímulo aos estereótipos não se limita ao início da vida escolar, como afirmou Emilia Ferreiro: "Tampouco se permite às crianças produzirem textos livres quando já sabem reproduzir convencionalmente as palavras, porque aí começa a funcionar o estereótipo sobre o que é uma produção aceitável, como também começa a funcionar este enorme medo ante o erro ortográfico". As descobertas sobre a evolução indicam que as crianças vão resolvendo seus problemas numa ordem muito específica: "O primeiro problema que resolvem é a distinção entre o que é desenho e o que é escrita. O segundo é a descoberta de que não é suficiente escrever letras para que algo possa ser lido. Até crianças de 4 ou 5 anos dizem que não há nada escrito quando a mesma letra se repete muito. O problema seguinte que resolvem é como fazer para criar representações diferentes para unidades lingüísticas diferentes. Depois, resolvem a correspondência entre pedaços de linguagem e entre pedaços de escritas. Em seguida, descobrem os princípios fundamentais de um sistema alfabético de escrita: atenção preferencial às diferenças sonoras. Nesse momento, ela deixa de lado as diferenças de significado, reconhecendo que quando há semelhanças sonoras deve-se pôr as mesmas letras e quando há diferenças deve-se pôr diferentes letras. O problema ortográfico vem depois", detalhou a pesquisadora.

Livre expressão - Em sua conferência, Emilia Ferreiro lembrou ainda que a escrita é importante na escola porque é importante fora dela, e não o inverso. E que a correção ortográfica deve ser feita com o maior cuidado: "Uma das coisas que sabemos hoje em dia com a maior clareza é que a correção ortográfica fora de tempo pode inibir a língua escrita. Eu não estou dizendo que a escola deva ignorar o erro ortográfico, apenas que deve saber qual o momento certo para fazê-lo, sem criar inibições. Porque eu me nego a chamar de alfabetizada uma criança que produz apenas estereótipos, ainda que seu texto não tenha erros ortográficos".

Proposta Pedagógica - Ela destacou, então, a proposta pedagógica do tipo construtivista como capaz de proporcionar às crianças que se expressem livremente, com criatividade, mesmo quando o texto produzido apresenta muitos erros de ortografia. "A correção sobre a ortografia não se deve confundir com a avaliação da língua escrita que está por trás", alertou Emilia, concluindo: "Temos que alfabetizar para dar ao homem do povo sua palavra, para que ele possa escrevê-la, para ajudá-lo a não destruir seu discurso em troca de um discurso escolar estereotipado. Também para que escreva de maneira ortograficamente correta, mas que esta ortografia não limite, não destrua, nem mate a língua escrita que ele pode produzir".

(transcrito da revista Nova Escola)


Artigos Transcritos da Internet - com a intenção exclusiva de ajuda aos professores.






ana.tessari@bol.com.br













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